É muito provável que você conheça alguém que compartilhe a senha da Netflix com outras pessoas. A prática, comum no mundo inteiro, pode sair mais cara.

A plataforma anunciou nesta quarta-feira, 16, que estuda cobrar uma taxa extra de usuários que dividem a sua conta com amigos e familiares que morem em outra casa.

Por enquanto, a cobrança vai acontecer nas próximas semanas em apenas três países — Chile, Costa Rica e Peru —, e mesmo assim na forma de teste. Depois, a empresa irá decidir se amplia o modelo para outros territórios. No caso da Costa Rica, o valor adicional será de US$ 3.

"Vista grossa" até agora

O termo de uso da Netflix sempre proibiu o compartilhamento de senhas, mas até então a empresa fazia "vista grossa". Num comunicado publicado no site da plataforma, Chengyi Long, diretor de produto e inovação, argumentou que a cobrança extra vai permitir que a prática seja feita de forma segura.

"Sempre permitimos que pessoas vivendo no mesmo lar pudessem compartilhar suas contas, inclusive por meio da criação de perfis adicionais. Mas isso também criou uma confusão sobre como e quando a Netflix pode ser compartilhada com outras pessoas. O resultado é que muita gente compartilha a senha com usuários que moram em outras casas, impactando nossa habilidade de investir em novos filmes e séries", escreveu Long.

A novidade é mais um passo da Netflix dentro de sua política de alteração do valor das assinaturas ao redor do mundo. Em dezembro, a empresa reduziu o preço na Índia para se tornar mais competitiva na região. Já nos EUA, o serviço aumentou a cobrança — também sob o argumento de poder produzir mais filmes e séries para os usuários.