Selo Clássica relança sete filmes cult nos cinemas

Selo Clássica relança sete filmes cult nos cinemas

Thiago Stivaletti
09 jul 15

Imagem destaque

Divulgação

Cena de 8½ (1963), de Federico Fellini

Os filmes clássicos estão voltando à moda na tela grande. Depois de iniciativas como o Clássicos Cinemark e a mostra Anos 80, 80 filmes do grupo Estação no Rio, as distribuidoras Zeta Filmes, de Minas, e FJ Cines, de São Paulo, lançam o Selo Clássica. O projeto prevê a reestreia de sete clássicos na tela grande, todos em DCP restaurado com resolução 2K.

O primeiro a estrear este mês em dez capitais será O sétimo selo (1957), de Ingmar Bergman, no circuito de salas do Itaú Cinemas e Cinearte, de Adhemar Oliveira. Do cineasta sueco, o selo também vai exibir Morangos silvestres, rodado no mesmo ano. Os demais títulos concentram-se em outros três mestres do cinema europeu: os italianos Fellini (com A doce vida e ) e Pasolini (Mamma Roma) e o alemão Werner Herzog (Fitzcarraldo e Nosferatu – O vampiro da noite).

“Nossa ideia é colocar filmes clássicos de diretores fundamentais para a história do cinema em cartaz. Exibir pontualmente em festivais é importante, mas queremos ver esses filmes no cinema, para o público que frequenta esses espaços”, explica Francesca Azzi, dona da Zeta Filmes e diretora de um dos principais festivais do país, o Indie Festival, com programação em São Paulo e Belo Horizonte.

Negociações variadas

Segundo ela, não há um escritório internacional único que negocia essa cartela de títulos para o Brasil. “Cada filme é negociado individualmente, com seus respectivos detentores de direitos, e quase todos têm um vínculo com os institutos que são responsáveis pelo restauro – como a Cinemateca de Bolonha, no caso do Fellini, ou o Bergman Center. Para os filmes do Herzog, a própria família está a cargo do restauro e da divulgação”, conta.

Com a proliferação dos downloads, Francesca diz não temer um público pequeno para filmes já bastante conhecidos do público cinéfilo. “Não sei se o público será pequeno. Será? Essa quantificação para o filme de arte é bem diferente. Não tem a ver só com números, mas também com hábitos construídos ao longo do tempo, dar acesso a filmes autorais para um novo público, jovem”, defende.