Roberto Farias

João Gaudenzi
Roberto Farias

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Atividade: 
Diretor, Produtor

Diretor, produtor e distribuidor, realizador do clássico O assalto ao trem pagador (1962). Ocupou os cargos de diretor-presidente da Academia Brasileira de Cinema, diretor geral da Embrafilme em sua fase áurea, entre 1974 e 1978. Nascido em 1932, em Nova Friburgo (RJ), começou no início dos anos 1950 como assistente de direção da Atlântida e em algumas produções de Watson Macedo. Entre 1957 e 1960 realizou quatro longas: Rico ri à toa (1957), seu primeiro filme, No mundo da lua (1958), Cidade ameaçada (1959) e Um candango na Belacap (1960). Em 1964 dirigiu Selva trágica (1964), que teve sucesso de crítica. Com Toda donzela tem um pai que é uma fera (1966) fez um marco das comédias de costume carioca. Ao mesmo tempo que, com Luiz Carlos Barreto, ajudou a fundar a Difilm distribuidora do Cinema Novo, dedicou-se também à sua própria produtora, a R. F. Farias, junto com seu irmão Riva Faria, e à Ipanema Filmes, uma usina de sucessos, como Os paqueras (1968), Roberto Carlos e o diamante cor de rosa (1968) e Roberto Carlos a 300 quilômetros por hora (1971), todos estes dirigidos pelo próprio Roberto Farias. Em 1973 realizou com Hector Babenco O fabuloso Fittipaldi. Seja na iniciativa privada ou em cargos públicos, sempre teve como meta a ocupação do mercado brasileiro pelo filme nacional, bem como sua projeção internacional. Sua gestão na Embrafilme e no Concine coincide com o período de maior público do filme nacional em relação ao produto estrangeiro, quando a distribuidora da Embrafilme foi líder do mercado durante três anos seguidos. Em 1981, dirigiu Pra frente Brasil, primeiro filme a falar explicitamente da tortura na ditadura militar, premiado nos festivais de Berlim e Huelva. Produziu ainda Azyllo muito louco (1968), de Nelson Pereira dos Santos, Os machões (1973) e Barra pesada (1977), ambos de seu irmão Reginaldo Faria, entre outros. Em cinema, seu filme mais recente foi Os trapalhões e o auto da Compadecida (1987). Nos últimos anos tem se dedicado à produção de minisséries e programas para televisão. Faleceu em maio de 2018.