Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Disney e Vitrine foram as primeiras distribuidoras a apresentarem seus line-ups nesta quarta-feira, 4, na Expocine, em São Paulo.
A um Cine Marquise lotado de exibidores, as empresas mostraram o que vem por aí — de longas premiados internacionalmente a blockbusters.
Mas o que chamou atenção foi a cartela nacional, que vai tentar, ao longo deste ano até 2024, reerguer o combalido market share dos produtos nacionais.
Um dos momentos mais aplaudidos foi durante a exibição de trechos de O sequestro do voo 375 (Disney), previsto para 7 de dezembro. O suspense de ação chega na efeméride de 35 anos do episódio real em que um brasileiro sequestrou um voo para se jogar em Brasília, em protesto à situação econômica da época, o que gerou recentemente diversas reportagens sobre o filme, incluindo no inglês The Guardian.
"Vai elevar o cinema nacional"
“É um filme que vai elevar o cinema nacional a outro patamar”, apostou a atriz Juliana Alves, que integra o elenco. “Trabalhamos numa reprodução perfeita de um avião, atuamos até de cabeça para baixo, foi uma experiência surreal.”
A Disney também trouxe ao palco da Expocine talentos de duas outras apostas nacionais: Avassaladoras 2.0 (4 de abril de 2024) e Não tem volta (23 de novembro).
“O amor às vezes também é não seguir o caminho do casamento. O filme começa com um término de um relacionamento, o que dá início a uma aventura”, disse Rafael Infante, ator do suspense cômico Não tem volta, sobre um homem deprimido que contrata um assassino de aluguel para matar ele próprio.
A atriz Fefe Schneider, de Avassaladoras 2.0, disse que a comédia familiar vai abordar um assunto relevante: “as verdades e as mentiras que existem nas relações entre filhas e mães.”
Cena musical épica de Wish é exibida
No grupo internacional, o grande destaque foi Wish - O poder dos desejos (4 de janeiro de 2024, nas férias escolares), próxima animação da Disney que chega durante as comemorações de 100 anos da empresa. Foram exibidos trechos ainda inacabados da produção, incluindo uma incrível sequência musical liderada pela voz de Ariana DeBose, intérprete da personagem principal.
“Pra quem achava que o cinema tinha morrido, estamos próximos de 100 milhões de ingressos vendidos no Brasil em 2023”, disse Renato D’Angelo, diretor-geral da Disney, sob aplausos.
"Cinema brasileiro também é comunicação"
Antes, Felipe Lopes, sócio-diretor da Vitrine Filmes e de seu selo de filmes mais populares, Manequim, agradeceu ao apoio dos exibidores que permitiu o sucesso de Retratos fantasmas e Nosso sonho. Mas, evocando a carta aberta assinada por ele na semana passada, na qual reclamava da redução do número de sessões de Nosso sonho, fez um apelo.
“O filme cresceu 70% na Semana do Cinema, mas caiu 70% em sessões. Se tivéssemos trabalhado mais juntos, seríamos maiores. Cinema brasileiro não é apenas qualidade, é também comunicação”, ressaltou Felipe.
Entre as suas próximas atrações, a Vitrine destacou Princesa adormecida, com Maísa; Meu sangue ferve por você, cinebiografia de Sidney Magal; Sem coração, que ganha a primeira sessão no Brasil no Festival do Rio após ser elogiado em Veneza; e Overman, um super-herói brasileiro inspirado nos quadrinhos de Laerte.
Felipe também relembrou dois lançamentos aguardados: Os delinquentes, representante da Argentina no Oscar, e Pobres criaturas, grande vencedor do Leão de Ouro, e, desde já, um dos favoritos ao Oscar.
“Adoramos ganhar prêmios”, brincou Felipe.
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