“Nossa competição não é com o cinema brasileiro,” afirma Ingrid Guimarães

“Nossa competição não é com o cinema brasileiro,” afirma Ingrid Guimarães

Beatriz Filippo
15 dez 23

Imagem destaque

Segundo a Paris Filmes, o trailer de Minha irmã e eu já ultrapassou a marca de 20 milhões de visualizações nas redes sociais. O número dá conta de entender a expectativa em torno da comédia e do apelo que Ingrid Guimarães e Tatá Werneck representam quando aparecem juntas nas telonas sob o comando da diretora Susana Garcia, responsável também por sucessos como Minha mãe é uma peça 3 e Minha vida em Marte.

O time chega aos cinemas brasileiros oficialmente no dia 28 de dezembro, mas já no Natal, dia 25, tomará conta do circuito com sessões antecipadas, em um período que, há alguns anos, era característico dos filmes protagonizados por Paulo Gustavo. A data é, portanto, oportuna, e, de acordo com o trio, o humorista é parte do filme.

“O Paulo está presente em tudo,” afirma Tatá durante a coletiva de imprensa do filme, realizada na noite de quinta-feira, 14. “Nessa época do ano ele chegava com um filme que falava sobre amor e que levava a família para os cinemas para rir.” Minha irmã e eu, chega com premissa semelhante, levando a comédia familiar para as telonas com o objetivo de divertir, emocionar e provocar identificação na mesma medida, como aponta Susana Garcia. “Só a risada pura fica muito superficial,” afirma a diretora. 

Susana, inclusive, chegou ao projeto justamente por sua conexão pessoal e profissional com Paulo Gustavo, como uma homenagem das protagonistas e idealizadoras do projeto ao humorista, que era amigo das três.

O trio, que se inspirou nas próprias experiências para levar a conexão entre irmãs para as telonas, ressalta ainda a identidade feminina do filme, que se estende para trás das câmeras e busca imprimir uma imagem fiel, que possa atrair principalmente as mulheres para as salas.

Participações são atrativo adicional da trama

Além da dupla Ingrid Guimarães e Tatá Werneck — que juntas já venderam mais de 14,5 milhões de ingressos com seus respectivos filmes —, Minha irmã e eu conta com atrativos adicionais de público: as participações especiais. O longa traz nomes como Lázaro Ramos e Taís Araújo, a cantora Iza, e até mesmo a dupla Chitãozinho e Xororó. 

A equipe acreditou tanto no potencial desses nomes, que os conflitos de agenda foram o menor dos problemas para a produção. “Ficamos praticamente um ano e meio para conseguir a participação de Chitãozinho e Xororó. Foi um investimento nosso que valeu a pena,” conta Verônica Stumpf, Head da Paris Entretenimento.

Divulgação
'Minha irmã e eu'

“Nossa competição não é com o cinema brasileiro”

Assim como todos os títulos brasileiros lançados em 2023, Minha irmã e eu esbarra em um grande desafio: atrair os espectadores para os cinemas, já que, até o momento, os nacionais só alcançaram 2,3% do market share de público e do ano, e 2,1% da renda.

O obstáculo poderia se tornar maior com a chegada simultânea de Minha irmã e eu e Mamonas Assassinas - O filme nos cinemas brasileiros, no dia 28 de dezembro. Mas Ingrid Guimarães defende: “nossa competição não é com o cinema brasileiro, é com Aquaman”. Vale lembrar que a superprodução hollywoodiana estreia na semana anterior às duas obras nacionais, e encontra um mercado muito disputado.

A Paris, no entanto, garante que Minha irmã e eu tem um amplo circuito garantido, e uma campanha que trará resultados. Verônica Stumpf explica que a estratégia da empresa é estar presente em todos os lugares, desde a mídia tradicional até as redes sociais e os mobiliários urbanos. “Temos sempre buscado trazer essa consciência de que o cinema brasileiro é bom, fala das nossas histórias, nossa cultura e nossas referências. Ingrid, Tatá e Susana têm sido fundamentais para nos ajudar nesse momento.”