Netflix ganha 9 milhões de assinantes, diz que vai revelar dados de audiência e anuncia mudança de preços

Netflix ganha 9 milhões de assinantes, diz que vai revelar dados de audiência e anuncia mudança de preços

Redação
19 out 23

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Divulgação

Ted Sarandos

A Netflix adquiriu mais de 9 milhões de novos assinantes no último trimestre, segundo balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira, 18. O resultado ficou muito acima dos 5,6 milhões projetados por Wall Street, e foi impulsionado, principalmente, pela estratégia de impedir o compartilhamento de senhas. O trimestre foi encerrado com receita de US$ 8,5 bilhões.

A plataforma agora soma 247 milhões de clientes em todo o mundo, sendo 70% fora dos EUA. Para fins de comparação, a concorrente Disney+ tem 105,7 milhões de assinantes.

O crescimento ocorreu durante as greves dos atores e roteiristas de Hollywood. Embora a paralisação dos escritores tenha terminado, a dos intérpretes segue num impasse. Mesmo assim, o retorno parcial das atividades da indústria vai causar um fluxo de caixa livre de US$ 6,5 bilhões ainda este ano.

Originalmente, o serviço de streaming previa gastar US$ 17 bilhões em conteúdo em 2023, mas o dinheiro ficou parado por causa das greves. A empresa espera voltar a investir valor semelhante em 2024.

Segundo o CEO Ted Sarandos, o Sindicato dos Atores exigiu, nas negociações, um valor coletado por cada assinatura, que seria repassado aos artistas, o que, de acordo com o empresário, é inviável. O pedido emperrou as negociações, mas Sarandos disse que resolver a questão é a sua prioridade.

Mais transparência de dados e novos preços

Sarandos também revelou uma informação muito útil para o mercado. Segundo ele, dados de audiência do streaming serão, em breve, tão públicos quanto bilheterias de cinema e audiência de televisão. Ele não especificou quando ou como isso vai acontecer, mas reforçou que é um caminho sem volta, iniciado, inclusive, com o "carrossel" do "top 10" dentro da plataforma.

Em meio a todas essas novidades, o executivo também anunciou aumento no valor da assinatura nos Estados Unidos, no Reino Unido e na França. No Brasil, por enquanto, o valor não muda, mas a plataforma afirmou que vai acabar com o plano básico, que será substituído pelo plano com anúncio. A data da mudança ainda não foi confirmada.