Público madruga na fila por novidades da Disney

Público madruga na fila por novidades da Disney

Thayz Guimarães, de São Paulo
05 dez 15

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Divulgação

O despertar da força: conteúdos exclusivos na CCXP

O terceiro dia da Comic Con Experience recebeu um público enorme de fãs – muito chegaram a madrugar na fila – em busca de conferir em primeira mão os próximos lançamentos da Disney no Brasil. As apresentações começaram na parte da tarde, no Auditório Cinemark, o maior do evento – com capacidade para 2,5 mil pessoas –, onde foram exibidas uma série de conteúdos exclusivos dos quatro estúdios da major: Pixar (O bom dinossauro); Disney (Zootopia – Essa cidade é o bicho); Marvel (Capitão América – Guerra civil); e Lucasfilm (Star wars: Episódio VII – O despertar da força). A animação O bom dinossauro também fez sua pré-estreia oficial no país durante o evento. Confira abaixo alguns destaques dos painéis deste sábado, dia 5.

O bom dinossauro

A Pixar é reconhecida como o principal estúdio de animação do mundo, em termos de inovação tecnológica. São dela clássicos como Toy Story e Procurando Nemo. Com O bom dinossauro, o estúdio conseguiu mais um grande resultado. Muito aplaudido, Peter Sohn, diretor do filme, abriu sua apresentação falando da importância dos técnicos de arte para a finalização do filme. Ele explicou que o longa utiliza algumas tecnologias de computação gráfica que permitem à animação assumir um caráter bastante realista para o espectador. “Na verdade, nós tentamos construir um mundo real que se parecesse com um desenho”, ele brincou.

Mapas geológicos foram usados para a construção do relevo e do cenário final. Já os personagens, segundo ele, são fruto de muita pesquisa de campo e inspiração pessoal. “Nós estudamos o peso dos elefantes, e como esse peso se movimenta, para chegarmos a um dinossauro de grande porte”, explicou. Segundo o diretor, os T-Rex da história foram pensados como personagens do Velho Oeste, e Spot, o único garotinho da trama, como um cãozinho de estimação, mas “com certa inocência no olhar”, porque “era preciso mostrar o seu lado animal e o seu lado humano”. Perguntado sobre o cabelo do menino, o diretor explicou que ele foi livremente inspirado no cabelo de sua filha quando acorda.

Zootopia – Essa cidade é o bicho

Responsável pela dublagem da raposa Nick Wilde, protagonista do filme, o ator Rodrigo Lombardi foi um dos convidados do painel e destacou a importância da produção de animações para toda a família. “Antes a gente pensava ‘puxa, o pai vai ter que levar o filho no cinema, que saco’. Mas a coisa mudou. Hoje, por exemplo, sou eu que uso meu filho como desculpa para ir ver desenho na tela grande”, afirmou.

Lombardi também apresentou com exclusividade a participação especial de Ricardo Boechat no filme. O jornalista, que estava presente no evento, emprestará sua voz ao personagem Boi Chá, uma onça-pintada que trabalha como âncora de um telejornal. A Disney criou este personagem apenas para a versão brasileira, como forma de reconhecimento do potencial de público do país.

Capitão América – Guerra Civil

Com a presença do diretor Anthony Russo – seu irmão, Joe Russo, não pôde comparecer -, o painel do novo Capitão América foi, de longe, um dos mais animados de todo o evento até agora. Nele foram exibidos o trailer oficial e sua versão estendida, vista apenas na D23 Expo, a convenção da Disney que acontece anualmente nos EUA. As cenas, divulgadas em primeira mão no Brasil, inserem novos personagens na história – como o Pantera Negra, o Homem-Formiga e o Homem-Aranha –, e deixam claro o caráter mais político do filme, que, segundo o próprio diretor, não será apenas mais um filme de super-herói.

Sobre a presença de muitos Vingadores num filme a princípio dedicado ao Capitão América, Anthony Russo foi taxativo: “Nós precisamos sempre continuar evoluindo um filme, mas, para nós, era muito importante manter Guerra Civil como um filme do Capitão América, mesmo que todos os outros personagens estejam lá, porque o filme segue o mesmo tom de O soldado invernal. As relações entre o Capitão América e a Viúva Negra, por exemplo, assim como as dele com o Bucky, têm uma sequência lógica neste filme”.

Star Wars: Episódio VII – O despertar da força

Fechando a tarde de apresentações da Disney, o painel mais aguardado da CCXP 2015 foi saudado de pé pelas 2,5 mil pessoas que lotaram o auditório e estavam ali também para receber Bryan Burke, o produtor do filme. A euforia não poderia ter sido maior. Mas, ao contrário das demais produções, e seguindo a estratégia de marketing traçada até agora, nenhuma revelação foi feita, o que faz com que o novo Star wars permaneça em clima de suspense. Tudo o que Bryan Burke disse foi: “Eu não tenho a menor ideia do que vai acontecer em duas semanas [quando o filme faz sua estreia global], mas tenho certeza de que conseguimos trazer de volta o mundo de Star wars que os fãs tanto gostam”.

Bryan também falou da retomada da franquia como um meio de formação de novos públicos para a história criada por George Lucas, nos anos 1970. “O que eu posso dizer é que a gente pensou muito sobre isso. [Star wars é] um filme que começou há 30 anos e agora tem um novo mundo, novos personagens. Então existe um potencial enorme de público que já ouviu falar alguma coisa sobre Darth Vader ou Luke Skywalker, por exemplo, mas nunca assistiu aos filmes.  Por isso, nossa ideia é fazer um filme não apenas para os fãs, mas também, e principalmente, para aqueles que não conhecem o universo de Star wars”.