Cinesystem quer chegar a 500 salas até 2020

Cinesystem quer chegar a 500 salas até 2020

Thiago Stivaletti
18 abr 16

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Divulgação

Marcos Barros, sócio-fundador da Cinesystem

Quarto maior grupo exibidor do país em número de salas (138 em 17 cidades), o Cinesystem quer remar contra a crise e anunciou uma meta bastante ambiciosa de expansão para os próximos anos. Com 13 salas a serem inauguradas até o final do ano, o grupo pretende inaugurar mais 29 até o final de 2017 e mais 458 até 2020 – num total de 500 salas nos próximos quatro anos, quatro anos (uma média de 90 salas anuais), acreditando que o panorama poderá melhorar consideravelmente ao longo dos próximos anos. Sem dúvida, uma visão bastante otimista.

Segundo Marcos Barros, sócio-fundador do grupo, a meta é mais modesta até o fim do próximo ano e mais agressiva a partir de 2018 porque leva em conta a crise econômica, que tem afetado a inauguração de novos shopping centers – fator que determina os rumos da expansão. “Santarém, no Pará, não era nossa prioridade. Mas havia um shopping inaugurando na cidade e aproveitamos a oportunidade”, diz. Segundo ele, não há solução alternativa ao grupo fora dos shoppings, uma vez que o o governo não oferece linha de financiamento imobiliário para a compra de terrenos comerciais. O plano da Cinesystem vai enfrentar um cenário muito desforável para novos shopping centers, segundo os executivos do mercado.

Ananindeua

 Neste ano, além de Santarém, a Cinesystem inaugurou seus novos pontos nas cidades de Itaboraí (SC) e quatro salas na cidade de Paulista (PE) – mais quatro no mesmo complexo saem até o final do ano. Em setembro, o grupo abre um multiplex com nove salas na inauguração do shopping Morumbi Town, em São Paulo. Hoje presente em dez estados, com maior concentração no Rio (46 salas) e no Paraná (24), a rede não pretende focar seus investimentos em nenhum local específico.

Depois de Santarém, o grupo quer inaugurar salas em outra cidade paraense, Ananindeua, com 505 mil habitantes – segundo Marcos, uma das maiores cidades brasileiras hoje ainda sem cinema.

Enquanto as novas salas não saem do papel, o grupo já põe em prática suas medidas anticrise. Desde fevereiro, todos os cinemas do grupo mantêm a promoção Todo Mundo Paga Meia, em que é cobrada meia-entrada em todas as sessões iniciadas até as 16h às sextas, sábados e domingos. Segundo Marcos, o sistema de autosserviço, em que o cliente pode comprar não só os ingressos mas os itens da bombonière em terminais eletrônicos, tem aumentado a taxa média de conversão (o valor gasto com outros itens para cada real gasto no ingresso).