Dheepan, drama francês sobre um ex-guerrilheiro do Sri Lanka que migra para a França e enfrenta a violência de uma máfia na periferia onde vai morar, venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes, na cerimônia de premiação realizada na noite de ontem, dia 24. O longa é dirigido por Jacques Audiard (Ferrugem e osso). No Brasil, a distribuição é da Califórnia Filmes.

Com seu primeiro longa-metragem, o húngaro László Nemes venceu o Grande Prêmio do Júri, segundo lugar da competição, com Son of Saul (O filho de Saul), sobre um judeu que quer dar um enterro digno para o seu filho em meio à barbárie dos campos de concentração.

The lobster, do grego Yorgos Lanthimos, sobre um hotel no qual os solteiros têm até 45 dias para encontrar um namorado ou são transformados em animais, levou o Prêmio do Júri, uma espécie de terceiro colocado entre os filmes vencedores.

A Palma de melhor atriz foi dividida entre a americana Rooney Mara, pelo drama Carol, e a francesa Emmanuelle Bercot, por Mon roi (Meu rei). O primeiro terá distribuição da Mares Filmes no Brasil, com estreia prevista para dezembro.

O francês Vincent Lindon levou a Palma de ator com o personagem de um executivo de 51 anos, desempregado há 20 meses, que enfrenta um dilema moral em seu novo trabalho no francês La loi du marché (A lei do mercado).

Diretor de filmes como Flores de Xanghai, o taiwanês Hou Hsiao Hsien venceu a Palma de melhor diretor por um filme de artes marciais, The assassin (A assassina), passado no século IX.

O diretor e roteirista mexicano Michel Franco ficou com o prêmio de melhor roteiro por Chronic, em que Tim Roth vive um enfermeiro solitário, com um segredo no passado, que cuida de pacientes terminais.

O colombiano La tierra y la sombra, que tem coprodução da brasileira Pretaportê Filmes, venceu o prestigioso Câmera de Ouro, para o melhor diretor estreante em longas-metragens entre os 26 exibidos no festival. No filme, um homem volta à fazenda de cana de açúcar onde vive sua família para cuidar de um filho doente.

Palma de Ouro

Dheepan, de Jacques Audiard (França)

Grande Prêmio do Júri

Son of Saul (O filho de Saul), de László Nemes

Melhor diretor

Hou Hsiao Hsien, por The assassin (A assassina) (Taiwan)

Prêmio do Júri

The lobster, de Yorgos Lanthimos

Melhor atriz

Rooney Mara, por Carol (EUA)

Emmanuelle Bercot, por Mon roi (Meu rei) (França)

Melhor ator

Vincent Lindon, por La loi du marché (A lei do mercado) (França)

Melhor roteiro

Michel Franco, por Chronic (México)

Câmera de Ouro (melhor longa de diretor estreante)

La tierra y la sombra, de Cesar Augusto Acevedo (Colômbia, Brasil, Chile, Franca, Holanda)

Palma de Ouro - curta-metragem

Waves ‘98, de Ely Dagher (Líbano, Qatar)