Filmes retomam história de Carruagens de fogo

Filmes retomam história de Carruagens de fogo

Redação
18 ago 15

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Divulgação

Cena de Carruagens de fogo (1981)

Dois longas-metragens vão dar sequência à premiada história de Carruagens de fogo, vencedor do Oscar de melhor filme, em 1981. O ponto de partida de Absolute surrender e The last race é o mesmo: o que aconteceu na vida do missionário e atleta escocês Eric Liddell após os Jogos Olímpicos de 1924. O tom dado à trama de ambos, porém, promete ser bastante distinto.

Enquanto o primeiro investe na crença religiosa de Liddell como fio condutor da história, é esperado que The last race invista em algo bem mais sutil nesse sentido. Stephen Shin, co-diretor do filme, em entrevista à revista The Hollywood Reporter, justificou que a história “não é sobre religião, mas sim sobre o amor entre as pessoas”, por isso a crença religiosa do protagonista não será enfatizada.

Estrelado por Joseph Fiennes (Shakespeare apaixonado), The last race será coproduzido  com a China, por isso, a pouca atenção dada à religiosidade de Liddell não é exatamente uma surpresa, já que desde 1949, quando teve fim a guerra civil e o Partido Comunista assumiu o comando, o governo chinês tem promovido o ateísmo no país.  A coprodução também garante que The last race não seja enquadrado na lei de cotas para filmes estrangeiros, que permite apenas 34 títulos por ano na China. A distribuição é da Alibaba Pictures Group.

Por sua vez, Absolute surrender, uma produção independente, terá roteiro de Eric Eichinger e Howard Klausner (Cowboys do Espaço), mas diretor e elenco ainda não foram confirmados. O orçamento previsto é de US$ 20 milhões. Mark Joseph deve assinar a produção.

Glória e terror

Apesar da origem escocesa, Liddell nasceu na China, onde seus pais serviam como missionários presbiterianos. Depois de vencer as Olimpíadas, o atleta retornou ao país para seguir os passos de sua família. Nessa época, o território chinês era bastante instável, devido à invasão japonesa e aos conflitos da Segunda Guerra Mundial.

Liddell foi preso no campo de concentração de Weihsien por volta de 1941. Antes disso, porém, conseguiu enviar sua esposa, que estava grávida, e suas duas filhas para o Canadá. Ele morreu em Weihsien em 1945, apenas cinco meses antes do campo ser libertado.