Disney apresenta planos para o futuro

Disney apresenta planos para o futuro

Redação
11 dez 14

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Em entrevista ao Variety, Bob Iger, CEO da Walt Disney Co. (que, em outubro, anunciou que permanecerá no cargo até 30 de junho de 2018), disse estar estudando formas de sofisticar as ferramentas para consumo de seus produtos. Sua ideia mais mirabolante para o futuro é a de estabelecer acesso direto a suas marcas de maior prestígio, possivelmente através de ambientes exclusivos online. Iger exemplificou dizendo que, atualmente, o consumidor que vai aos multiplex ver filmes da Disney é um cliente do cinema, não da companhia. "Da mesma forma, quem compra mercadorias com nossas marcas não o faz necessariamente nas lojas Disney. A pessoa pode ser cliente da Walmart, não da Disney".

Nos ambientes propostos por Iger, tudo que tenha relação com uma determinada marca, de streaming de filmes a download de livros, passando por brinquedos com os personagens - seja esta marca Marvel, Pixar, Star Wars ou qualquer outra -, seria ofertado ao consumidor de maneira direta, sem intermediário, mediante uma taxa. Contudo, ele frisou que este não é um plano imediato, pois a companhia quer pesar cautelosamente o impacto que um novo modelo de negócios poderia ter sobre os tradicionais, com os quais ainda trabalha. "A HBO lançou recentemente um serviço over-the-top para alcançar o público desinteressado em pagar por seus canais a cabo da maneira antiga. Nós poderíamos facilmente fazer isso com a ESPN, que é uma marca popular e com público fiel", disse ele (o canal de esportes pertence à Disney). "Mas será que nos interessa abalar de forma tão profunda o modelo de assinatura de múltiplos canais que tantos lucros nos rendeu por tanto tempo?".

Na conversa, ocorrida em público, em um evento promovido pela revista, o Dealmakers Breakfast, Iger respondeu perguntas da plateia e anunciou planos de adicionar atrações inspiradas em Star Wars aos parques temáticos Disney, à medida que os novos filmes forem sendo lançados (Star Wars: The Force Awakens chega aos cinemas em dezembro de 2015). Ele também defendeu a recente decisão do estúdio de fazer menos filmes (nos últimos três anos, a média foi de 13 por ano). "O que importa é a qualidade. Uma empresa estará melhor se tiver menos projetos e se concentrar na melhor forma de trazê-los ao mercado".