Inferno é única estreia da semana nos EUA

Inferno é única estreia da semana nos EUA

Thayz Guimarães
26 out 16

Imagem destaque

Divulgação

Tom Hanks e Felicity Jones em Inferno

Em mais uma semana de pouca movimentação nos cinemas dos Estados Unidos, Inferno – O filme (Sony/Columbia) terá a chance de brilhar sozinho nas bilheterias locais, duas semanas depois de ser lançado no Brasil e outros países. Estrelado por Tom Hanks, o terceiro longa de Ron Howard inspirado na série de livros escritos por Dan Brown é o único lançamento amplo desta sexta, com estimativa de US$ 20 milhões a US$ 30 milhões em 3,4 mil cinemas, no primeiro final de semana.

A previsão de sua abertura representa apenas uma parcela dos US$ 77,1 milhões de O código Da Vinci (2006) e dos US$ 46,2 milhões de Anjos e Demônios (2009), mas é preciso lembrar que ambos os filmes estrearam em meio à temporada de blockbusters de verão, quando as bilheterias americanas estão muito mais aquecidas do que agora.

O mercado de cinema também mudou drasticamente nos últimos sete anos, desde que o professor Robert Langdon, protagonista da série, fez sua última aparição nas telonas. Superproduções lideradas por grandes astros de Hollywood e dramas adultos – justamente o tipo de filme que transformou Tom Hanks num fenômeno de bilheteria – não fazem mais o mesmo sucesso. Sully – O herói do Rio Hudson (US$ 121 milhões), Ponte dos espiões (US$ 72,3 milhões) e Walt nos bastidores de Mary Poppins (US$ 83,3 milhões), os três últimos trabalhos de Hanks, por exemplo, tiveram bons resultados domésticos, mas não podem ser considerados blockbusters.

Mas os estúdios Sony parecem ter se preparado para esta baixa quando decidiram apostar na continuação da história: Inferno custou US$ 75 milhões para ser produzido, o equivalente a metade do valor investido em Anjos e Demônios. Isso diminui os riscos financeiros, mesmo que o filme arrecade aquém das expectativas.

A franquia também conta com boa aceitação no mercado internacional – cerca de 70% da bilheteria dos filmes anteriores é de fora dos EUA –, o que deve impulsionar a renda do novo longa. Até o momento, Inferno já fez cerca de US$ 100 milhões internacionais e ainda não estreou em territórios importantes como China e Japão. No Brasil, o filme já foi visto por mais de 1,3 milhão de pessoas, com renda superior a R$ 20 milhões.