Expocine: Kolbe investe em modelo enxuto de exibição para levar católicos ao cinema

Expocine: Kolbe investe em modelo enxuto de exibição para levar católicos ao cinema

Amanda Queirós
06 out 23

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Em sua primeira participação na Expocine, nesta quinta-feira, 5, em São Paulo, a Kolbe Arte trouxe um line-up enxuto e uma proposta de atuação bem objetiva: levar o público católico às salas para ver filmes que destacam a fé e os valores cristãos.

“Atuamos há quatro anos exclusivamente no cinema, mas estamos há mais de duas décadas dentro da comunicação da Igreja Católica”, explicou a diretora Angela Morais. “Estamos falando de pessoas que não tinham o hábito de ir ao cinema porque não se viam representadas na tela. Sabemos o que esse público gosta de ouvir e assistir”, completou Cleo Nascimento, coordenadora de operações. 

Para alcançar esse nicho, a distribuidora se vale da divulgação dos próprios padres e religiosos em suas comunidades e de emissoras de TV católicas, além de um modelo de exibição restrito, construído em parceria com as salas, no qual os filmes contam com poucas sessões. A escassez gera senso de urgência, transformando a ida ao cinema em um evento de grupo e contribuindo para aumentar a taxa de ocupação dos espaços.

Foi assim com Coração de pai, lançado em março, que obteve quase 70 mil espectadores, e a ideia da Kolbe é conquistar um número maior com sua grande aposta do ano: O céu não pode esperar, agendado para 19 de outubro. 

O docudrama narra a vida de Carlo Acutis (1991-2006), jovem considerado o padroeiro da internet por sua familiaridade com computadores e um trabalho pioneiro de evangelização on-line. O rapaz foi beatificado em 2020 a partir de um milagre que teria ocorrido no Brasil, gerando expectativa para a popularidade do filme por aqui.

Em 23 de novembro, chega aos cinemas A força da amizade, com a história de dois garotos interessados em escrever um livro sobre Padre Pio. Em 2024, são esperadas ainda as estreias de La Sirvienta, em março; Guadalupe - A mãe da divindade, em maio, e a animação Maximiliano Kolbe, em agosto, retratando a vida do padre responsável pelo nome da distribuidora.

“São filmes que contam histórias de santos e falam de pessoas comuns que fizeram algo que mudou sua existência. Ou seja, é a típica jornada do herói”, ressaltou Cleo. “Entendemos que o cinema no Brasil está sendo bastante valorizado e que temos nossa contribuição para esse público”, concluiu Angela.