Expocine 2023 expande feira de negócios e discute adversidades da exibição

Expocine 2023 expande feira de negócios e discute adversidades da exibição

Fabiano Ristow, Rodrigo Saturnino Braga e Paulo Sérgio Almeida
15 set 23

Imagem destaque

Flávio Florido / Filme B

Marcelo Lima

A 10ª edição da Expocine, que ocorre entre 3 e 6 de outubro, no Cine Marquise, em São Paulo, quer levar fôlego e trazer soluções a exibidores que, atualmente, enfrentam sérias adversidades como os adiamentos provocados pelas greves em Hollywood e a necessidade de investimentos em infraestrutura, mesmo com as dívidas contraídas na pandemia. A programação parcial, dia a dia, pode ser vista aqui.

Além das tradicionais apresentações de line-ups das distribuidoras, o idealizador do evento, Marcelo Lima  que também é CEO da Tonks, empresa focada em conteúdo para a indústria de entretenimento , destaca a forte procura de exibidores pela aquisição de novos equipamentos, como projetores, caixas de som, tapeçaria, servidores e assentos. Mais de 20 empresas especializadas na área estarão na feira de negócios, que, desta vez, vai ocupar dois andares do Hotel Reinaissance. 

Divulgação
Expocine

"É alta a demanda pela renovação de equipamentos, ainda mais num momento em que são liberadas as verbas da Lei Paulo Gustavo. A grande questão é: reformar, comprar ou alugá-los?", diz Marcelo Lima, que também administra o Cine Marquise. "Cada empresa, portanto, vai apresentar uma solução."

Quanto aos road shows, estarão presentes, é claro, as principais distribuidores nacionais e internacionais. No primeiro grupo, estão Vitrine, O2 Play, Kolbe Arte, Paris, H2O e Diamond. No segundo, Disney, Sony, Warner, Universal e Paramount.

Os exibidores ainda vão assistir, em primeira mão, à animação Trolls 2 (estreia em 19/10) e aos nacionais Mussum e Tá escrito (ambos em 02/11). E Marcelo Lima empolga com um spoiler: serão exibidos trechos do esperadíssimo O Auto da Compadecida 2.

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Cine Marquise

“Pelas minhas conversas, percebo que as majors vão focar nos lançamentos do primeiro semestre de 2024, ao mesmo tempo em que 'aproveitam' o vácuo de títulos estrangeiros causado pela greve nos EUA para apostar nas produções nacionais e independentes", diz Marcelo, destacando também o potencial de longas religiosos a Kolbe, especializada no segmento, por exemplo, vendeu este ano 140 mil ingressos com filmes como Coração de pai - São José e São Miguel Arcanjo - O anjo maior.

Em paralelo, painéis vão debater temas atualíssimos na indústria, como a popularização da Inteligência Artificial, um dos estopins das greves de roteiristas e atores, e o "burnout" do entretenimento, teoria segundo a qual o consumidor entra em estado de desinteresse e entorpecimento devido ao excesso de conteúdo disponível.

"Na edição anterior, realizamos painéis sobre cases de sucesso do setor. Desta vez, vamos apresentar discussões que ainda estão sendo muito debatidas na área", completa Marcelo.