Doutor Sono chega a mais de 450 cinemas

Doutor Sono chega a mais de 450 cinemas

Beatriz Filippo
07 nov 19

Imagem destaque

Crédito: Divulgação

Doutor Sono: longa acompanha acontecimentos 40 anos após O iluminado

Baseado na obra homônima de Stephen King, Doutor Sono (Warner) ocupa cerca de 460 cinemas e 675 salas, dando sequência aos acontecimentos de O iluminado (1980). O longa se passa 40 anos após o primeiro filme, quando o protagonista Dan Torrance (Ewan McGregor) era ainda uma criança. Agora adulto, Dan encontra Abra, uma adolescente que tem o mesmo dom extra-sensorial que ele - o “Brilho” -, e que o procura para ajudá-la a combater Rose Cartola e o grupo Verdadeiro Nó, que se alimentam do Brilho de inocentes visando a imortalidade. O filme, que estreia nos Estados Unidos também neste fim de semana, já abriu na França, Itália, Portugal, Espanha e Reino Unido, somando uma renda global de US$ 5,6 milhões.

Já a animação Link perdido (Disney), que acumula US$ 26,2 milhões pelos 28 territórios em que já foi exibido no mundo, ganha mais um mercado para a soma com sua estreia no Brasil. O longa conta a história de uma criatura que vive isolada em uma floresta e une-se ao explorador Sir Lionel Frost e à aventureira Adelina Quinzena para encontrar seus parentes, há muito perdidos no vale de Shangri-La. O longa alcança 256 cinemas e salas.

Dirigido por Richard Linklater (Boyhood - Da infância à juventude), Cadê você, Bernadette? (Imagem) traz Cate Blanchet (Carol, Blue Jasmine) no papel de uma protagonista que sofre de agorafobia - o medo de estar em lugares abertos ou em meio à multidões - e some sem deixar pistas. O longa alcança um circuito de 73 complexos e 83 salas. Já A comédia dramática nacional Bate coração (Downtown/Paris) chega a 72 cinemas e salas com a história de Sandro, um publicitário conquistador, e Isadora, uma travesti dona de um salão de beleza. Após uma série de acontecimentos, Sandro recebe o coração de Isadora em um transplante, e ela passa a segui-lo, em espírito, mudando sua maneira de ver o mundo. 

Possíveis concorrentes ao Oscar, religião e corrupção

O vencedor da Palma de Ouro e o indicado da Coreia do Sul para a corrida pelo Oscar também chega aos cinemas nesta quinta. Parasita (Alpha/Pandora) ocupa 61 cinemas e 64 salas, explorando as diferenças sociais de duas famílias. No longa, uma família humilde e desempregada passa a se infiltrar nos afazeres da casa de uma família rica, para a qual um de seus filhos começa a dar aulas de inglês. Além do longa dirigido por Bong Joon-ho, também chegam às telas o longa selecionado para representar o Peru na categoria de melhor filme internacional: Retablo (Arteplex), que chega a seis cinemas, rendeu ao diretor Alvaro Delgado-Aparicio o prêmio Teddy de melhor longa de estreia em 2018, e acompanha os conflitos de um adolescente em um contexto familiar regilioso e conservador.

Ambientado no fim dos anos 70, o drama alemão Ventos da liberdade (A2) chega a 23 complexos e acompanha duas famílias que tentam fugir da Alemanha Ocidental com um balão de ar quente desenvolvidos por eles mesmos. Dez cinemas exibem também o drama português Sefarad (Lira), sobre a trajetória do judaísmo em Portugal entre os séculos XV e XIX. Drama baseado em fatos reais, O relatório (Diamond) alcança seis pontos de exibição, levando para as telas uma investigação liderada por um funcionário do senado que revelou casos de corrupção dentro do Programa de Detenção e Interrogatório da CIA, criado após os atentados de 11 de setembro. 

Causas sociais, cinema e música são temas de documentários

Meu amigo Fela (O2 Play), que traz uma nova perspectiva sobre a vida do revolucionário músico nigeriano a partir de conversas com seu biógrafo e amigo íntimo Carlos Moore, também estreia nesta quinta, em um circuito de 22 salas, como parte do projeto O2 Play Docs. Coproduzido pela República do Congo e França, os espectadores de Mama colonel (Vilacine) poderão acompanhar, em oito cinemas, a rotina de Coronel Honorine, que trabalha para a polícia da República do Congo, à frente da unidade de proteção a menores e combate à violência sexual. O documentário nacional Cine São Paulo (Taturana Mobilização Social) retrata a luta de Seu Chico para preservar o prédio centenário, que abriga seu cinema, anteriormente uma respeitável sala, atualmente em ruínas. O longa chega a quatro cinemas entre São Paulo, Rio e Brasília.