MUBI fará distribuição nos cinemas

MUBI fará distribuição nos cinemas

Redação
28 out 16

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Divulgação

Baden Baden: estreia na distribuição americana

O MUBI, serviço de video on demand especializado em filmes de arte, vai estrear na distribuição para os cinemas americanos com Baden Baden, de Rachel Lang, programado para estrear em Nova York e Los Angeles em 25 de novembro. A plataforma, presente em 200 territórios do mundo, já tinha lançado um longa no circuito do Reino Unido, Le chambre bleue, de Mathieu Amalric, em setembro.

Criado em 2007 como uma rede social para cinéfilos, ainda com o nome de Auteurs, o MUBI estreou seu serviço de streaming três anos depois, inicialmente só na Europa. Hoje, concentra sete milhões de inscritos e conta com escritórios em São Francisco, Londres, Munique e Istambul. Em janeiro, um acordo com a chinesa Huanxi Media levantou US$ 50 milhões em investimento.

Além dos dois filmes, a empresa já fez uma première do documentário Junun, de Paul Thomas Anderson, no Festival de Nova York. Em seu calendário theatrical de lançamentos comerciais futuros, estão ainda aquisições recentes. Apenas no Reino Unido, chegarão aos cinemas o tcheco Já, Olga Hepnarová, que abriu a mostra Panorama de Berlim; Le fils de Joseph, de Eugène Green; e Ma loute, de Bruno Dumont, que disputou a Palma de Ouro em Cannes. Terá estreia britânica e nos cinemas dos Estados Unidos o finlandês The happiest day in the life of Olli Mäki, premiado na mostra Um Certo Olhar de Cannes.

Discussão de janelas em alta

“Conectar filmes excepcionais e seu público que de outra forma talvez não tivesse a chance de assisti-los é o cerne do nosso trabalho”, afirmou o CEO da MUBI, Efe Cakarel. Com isso, a empresa se junta a outros serviços de VoD como a Netflix e a Amazon Prime, que têm usado a vitrine do cinema para chamar atenção para seus produtos, uma tendência que alguns enxergam como uma ameaça ao esquema consagrado de janelas. No caso de Baden Baden, depois da estreia cinematográfica o longa entra no catálogo do serviço de forma exclusiva.

Apesar de pertencer ao mesmo ramo de atividade de outros players, o MUBI não concorre diretamente com os líderes de mercado – ao menos por enquanto –, por apresentar uma proposta única. Em vez de um catálogo extenso, a plataforma opera em sistema de curadoria, nos moldes de festivais de filmes de arte. Cada título é oferecido durante apenas 30 dias, dentro de um pacote de 30 produções, entre curtas, médias e longas, que eventualmente inclui seleções temáticas.

Colaboração com festivais

A companhia já fez parcerias com os festivais de Cannes e Berlim, para montar retrospectivas de curtas, com o MoMa de Nova York e com a Mostra de São Paulo. A assinatura custa entre US$ 5,99 (mês) e US$ 47,99 (ano). O usuário pode acessar pelo website, dispositivos móveis Android e iOS, além de Palystation e smart TVs. O Brasil está na lista de países do serviço.