O laboratório Cinecolor anunciou que irá programar e enviar cópias em 35mm para os exibidores brasileiros que ainda não se digitalizaram, em parceria com as distribuidoras. A atuação, que a empresa está chamando de "subdistribuição", começa com o infantil Carrossel – O filme, da Paris Filmes, no dia 23. O número de cópias ainda não está confirmado.

“Devido ao importante número de cinemas que ainda não conseguiram se digitalizar e que ainda não têm uma solução para este problema, queremos participar ativamente deste processo e ajudar o mercado a não fechar salas de cinema”, diz David Trejo, diretor-geral da empresa de matriz chilena, que depois do fim das atividades da Labocine em março tornou-se o único laboratório de processamento de filmes em atuação no país.

A iniciativa deve atingir um circuito de cerca de 300 salas de cem exibidores em todo o país, segundo Trejo. Ele afirma que uma parte importante das salas não digitalizadas ainda não assinou um contrato de VPF, e portanto não tem acesso à taxa paga pelos distribuidores para ajudar no financiamento da digitalização. “Com este projeto, um exibidor tem a possibilidade de continuar explorando comercialmente seu cinema, e isto vai lhe permitir obter recursos adicionais para, no médio prazo, conseguir comprar seus projetores digitais”, diz.

De acordo com o diretor, a Cinecolor está em negociações com as outras distribuidoras do mercado para ampliar a parceria, produzindo cópias 35mm também de filmes estrangeiros e de outros gêneros. O laboratório também atua na pós-produção em digital.