CCXP: Especialista revela os efeitos de Star Wars

CCXP: Especialista revela os efeitos de Star Wars

Thayz Guimarães, de São Paulo
02 dez 16

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Divulgação

BB-8: seis meses de trabalho

Quem assiste a filmes de ação e ficção de científica, repletos de efeitos hollywoodianos, não faz ideia do enorme trabalho manual que existe por trás de toda aquela computação gráfica impecável vista na tela. Na CCXP, David Fogler, especialista em efeitos visuais da Industrial Light and Magic, revelou alguns desses segredos utilizados para o último Star Wars, Episódio VII - O despertar da Força, no processo de recriação de uma das naves mais icônicas do cinema, a Millenium Falcon, e também de outros componentes gráficos da produção. O painel aconteceu em parceria com a VFX Rio.

Segundo Fogler, refazer a Millenium Falcon para O despertar da Força foi um tarefa muito mais difícil do que a equipe imaginava. “Precisamos desenhá-la exatamente como as pessoas se lembravam dela, mas o problema é que cada um lembra de um jeito diferente”, brincou. “Entendemos que era grave a questão quando o próprio J. J. Abrams percebeu que, se fizéssemos isso errado, o público notaria e iria rejeitá-la”.

Para chegar à versão digital final, foram necessários quatro artistas trabalhando intensamente apenas neste projeto durante um ano e meio. Mas o que ninguém imagina é que, antes de se tornar aquela nave imponente, rica em detalhes minimamente projetados por computador, a primeira maquete da nova Millenium Falcon foi construída com madeira. “Optamos por nos mantermos fiéis ao desenho original estabelecido por George Lucas. Nos baseamos totalmente na miniatura original, feita em madeira, que está exposta na Nova Zelândia”.

Brincadeira de criança

Fogler acredita que ideias boas vêm de coisas simples. O BB-8, por exemplo, um dos personagens mais populares do último episódio da franquia, nasceu de um desenho feito à caneta e que poderia ter sido desenhado por qualquer criança. “Eram apenas duas bolas desenhadas uma sobre a outra”, explicou. Porém, até o conceito de arte final do robozinho se passaram seis meses. “A marionete ganhou oito versões diferentes até chegarmos ao formato digital que vocês viram no filme”, contou.

Segundo o especialista em efeitos especiais, as cenas de implosão ou desmoronamento, como aquela em que Riley e Kylo Ren se enfrentam pela primeira vez, foram as mais difíceis e as últimas a serem finalizadas. A cena, claro, foi feita em computação gráfica. Mas, para que a equipe conseguisse o efeito desejado, foi necessário muito estudo e utilização de um software especializado que reproduzia desastres naturais como esse.