O balanço fiscal do segundo trimestre de 2023 da Disney, divulgado nesta quarta-feira, 10, confirmou a necessidade das mudanças estratégicas que a empresa anunciou recentemente.

O dado que mais chamou atenção foi a queda de assinantes da Disney+. O serviço de streaming perdeu quatro milhões de usuários, indo de 161,8 milhões (no trimestre anterior) para 157,8 milhões.

A perda de assinantes, no entanto, foi menor do que o esperado. O setor de streaming como um todo vem sofrendo baques nos números devido à competição cada vez mais forte.

Diante do cenário, a prioridade número um da Disney é reduzir custos. A empresa já havia anunciado a demissão de 7 mil funcionários numa tentativa de economizar US$ 5,5 bilhões. Ontem, a companhia anunciou mais mudanças.

A principal delas tem a ver com a curadoria dos conteúdos. Christine McCarthy, diretora financeira da Disney, disse que a empresa vai produzir menos material para o streaming, além de remover séries e filmes da plataforma, sem especificar quais. A ideia é apostar em qualidade em vez de quantidade.

Outra mudança importante, anunciada pelo CEO Bob Iger, é o aumento do preço da assinatura. Os novos valores não foram detalhados, mas a Disney espera compensar o impacto em seus consumidores com o serviço de streaming com anúncios, cujo preço, bem mais barato, seguirá inalterado.

Além disso, uma nova plataforma, prevista para até o fim deste ano, vai unir o conteúdo da Disney+ e do Hulu.

Para além do streaming, outro desafio da empresa está na TV linear. As receitas na área caíram 7% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado. Entre os motivos, estão os valores maiores para a aquisição de direitos de eventos esportivos e a queda de anunciantes.