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Database Brasil 2017  


Recessão atinge 2017


O ano de 2017 fechou com uma renda de R$ 2,73 bilhões, ou seja, 3% a mais que 2016, e um público de 183 milhões, menos 1,5% em relação ao ano passado, com um preço médio do ingresso de R$ 14,93.

Depois de oito anos seguidos de crescimento de público, o mercado em 2017 não suportou o quinto ano de recessão e crises institucionais fortes em alguns estados, e teve uma ligeira queda, de 1,5%. Por outro lado, inaugurações de novas salas e um pequeno aumento no preço do ingresso, de R$ 14,04 para R$ 14,93, fizeram com que o mercado tivesse mais um ano de crescimento em termos de renda, 3%, perfazendo R$ 2,73 bilhões, um novo recorde, o décimo seguido desde 2006.


Não foi um bom ano para a bilheteria nacional

Em termos de filme nacional, os resultados são bastante diferentes, pois o público dos 142 filmes nacionais lançados este ano fechou com 18,5 milhões de espectadores, totalizando uma queda de quase 40% em relação a 2016, muito em função da ausência de um fenômeno de bilheteria como Os dez mandamentos. Em renda, os filmes somaram R$ 253 milhões, que, comparados aos R$ 361 milhões do ano passado, mostram uma queda grande, de 30%, atenuada pelo crescimento expressivo do p.m.i., que saiu de R$ 11,88 em 2016 para R$ 13,68 em 2017.


A comédia mais uma vez dominou

Minha mãe é uma peça 2 foi o campeão de bilheteria de 2017, mesmo tendo parte de sua renda em dezembro de 2016, mês de sua estreia. Paulo Gustavo mostrou ser a maior estrela do humor nacional, contabilizando 6,56 milhões de espectadores em 2017. Em segundo, o drama sobre a ação da Lava Jato no Brasil, Polícia Federal – A lei é para todos, atingiu 1,38 milhão de espectadores. A comédia regional Os parças, que trouxe Tom Cavalcanti ao cinema pela primeira vez, fechou o ano na terceira colocação, com 1,3 milhão. Os seis primeiros filmes dos dez mais nacionais foram distribuídos pela DTF/Paris, além do oitavo e nono lugares.


Os dez mais do ano: Velozes 8 em primeiro

O campeão de bilheteria do ano foi o filme de ação distribuído pela Universal, Velozes e Furiosos 8, com R$ 133,4 milhões. Em termos de público, na primeira colocação, Meu malvado favorito 3, também da Universal, é o primeiro do ano, com 8,9 milhões de espectadores.


Os dez mais são recorde da década

Os números em 2017 nos mostram também que cresceu a concentração tanto do filme estrangeiro quanto do filme nacional. Os dez filmes campeões de bilheteria do ano totalizaram R$ 1,08 bilhão, o que significa 40% de market share em relação à renda total, e marca um recorde da década. Em termos de público, chegamos a 72,4 milhões, os mesmos 40% em relação ao total do ano. Na análise dos filmes nacionais, a concentração dos dez mais é ainda maior. Com um público final de 18,5 milhões, os dez mais dos filmes nacionais vão totalizar 13,9 milhões, o que significa um market share de 75%.


Disney é bicampeã em market share

Como estava previsto, a distribuidora campeã de market share do ano seria definida nas últimas semanas, quando, por uma pequena margem, a Disney atingiu 19,1%, tornando-se a campeã do ano, contra 18,3% da Universal, que fecha com a segunda colocação em renda, depois de ter liderado durante todo o ano. Em terceiro lugar chegou a Warner, com 17,2%, percentual bem próximo ao das duas primeiras. O fato de Meu malvado favorito 3 (Universal) não ter sido exibido em 3D foi responsável pela pequena diferença entre Disney e Universal na renda. O market share de público, por sua vez, traz a Universal em primeiro, com 18,6%, deixando a Disney em segundo, com 18,4%, e mantendo a Warner em terceiro, com 16,9%.


Downtown/Paris lidera os nacionais

Se no caso dos estrangeiros, a disputa foi acirrada entre as distribuidoras Disney, Universal e Warner, entre os nacionais a líder absoluta em 2017 foi a Downtown/Paris, continuando com uma forte concentração dos sucessos nacionais em torno de 76,4%, pois, em 2016, a distribuidora de Bruno Wainer e Márcio Fraccaroli fechou o ano com 80,2%, uma ligeira queda, mas um desempenho ainda bastante hegemônico.


Mais cinemas e mais salas em 2017, mas…

Com a chegada da recessão e a consequente diminuição de abertura de shoppings, em 2017, o mercado de cinema no Brasil teve um decréscimo de inaugurações de cinemas, totalizando 122 novas salas, 39% a menos que 2016 (197 salas inauguradas), interrompendo cinco anos de crescimento contínuo com uma média de 200 salas/ano. O mercado brasileiro está fechando 2017 com 761 cinemas (+2,1%) e 3.206 salas (+2,8%), uma média de quatro salas/cinema.







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