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Database Brasil 2014  


O ano em resumo



Crescimento

  • Contrariando as previsões de que o ano de 2014 seria de queda para o mercado de cinema no país (em consequência, principalmente, da realização da Copa do Mundo), os resultados surpreenderam, com um aumento de 4% em público e de 11,5% em renda.

  • A continuidade da expansão do circuito exibidor, que esse ano inaugurou 220 novas salas, e as estratégias implementadas pelas distribuidoras para minimizar as quedas de julho, antecipando lançamentos, estão entre as razões para o crescimento do mercado. A antecipação dos lançamentos se confirmou uma estratégia eficiente, e os resultados de março, abril e maio acabaram compensando as quedas do mês de julho, que chegaram a 30% em público e 26% em renda.

  • As novas salas foram responsáveis por 4% do aumento das rendas, e o restante ficou por conta do aumento do preço médio do ingresso, que subiu cerca de 7%.

  • A arrecadação total nas bilheterias chegou a R$ 1,972 bilhão, aproximando-se, pela primeira vez na história, da marca de R$ 2 bilhões. O público total foi de 157,2 milhões.

  • Com esses números, o mercado de cinema apresentou crescimento de público pelo sexto ano consecutivo e, de arrecadação, pelo nono ano consecutivo.


Nacionais / estrangeiros
  • Os filmes nacionais tiveram um recuo de 30,9% em público e 25% em renda, em comparação a 2013. No entanto, é preciso lembrar que 2013 foi considerado um ano "fora da curva", com fenômenos excepcionais como Minha mãe é uma peça – O filme (mais de quatro milhões de espectadores), e alta de 86% no número de ingressos vendidos em relação ao ano anterior.

  • Enquanto nove títulos nacionais conseguiram vender mais de um milhão de ingressos em 2013, apenas seis quebraram essa barreira em 2014.

  • As comédias continuaram sendo o carro-chefe da produção nacional, ocupando sete das dez primeiras colocações do ranking de filmes brasileiros. Os dois primeiros colocados – Até que a sorte nos separe 2, com 3,2 milhões de ingressos, e O candidato honesto, com 2,2 milhões – trazem como estrela o comediante Leandro Hassum, que também é o ator principal do sexto colocado, Vestido para casar (1,2 milhão).

  • Em termos de participação de mercado, os filmes nacionais fecharam o ano com 12,4% de market share, seis pontos percentuais abaixo de 2013 (18,6%).

  • O crescimento do mercado foi puxado pelo desempenho dos filmes estrangeiros, que conseguiram aumentar seu público em 12% e a arrecadação em 18,9%.

  • O ano também foi marcado pelo investimento das distribuidoras em megalançamentos: sete filmes estrearam em mais de mil salas, com destaque para Jogos Vorazes: A esperança – Parte 1 (1,3 mil) e Rio 2 (1,2 mil), que chegaram perto de 50% do circuito. Tal estratégia foi motivo de polêmica e, no fim do ano, a Ancine lançou uma instrução normativa que terá como consequência a limitação do tamanho dos lançamentos. A nova regra estabelece que um mesmo filme só pode ocupar até 30% das salas de um mesmo cinema.

  • A estratégia dos megalançamentos, no entanto, não resultou numa grande ampliação do market share das dez maiores bilheterias do ano, como seria de se esperar. O percentual do top 10 ficou mais ou menos no mesmo patamar de 2013: cerca de 32% em público e renda.

  • Uma curiosidade do top 10 de 2014 é que as três primeiras colocações não foram ocupadas por franquias de sucesso. O campeão do ano foi Malévola, fantasia da Disney que recria a história de A bela adormecida, com Angelina Jolie, que atraiu 5,8 milhões de espectadores e faturou R$ 74,5 milhões. Em segundo, o fenômeno juvenil A culpa é das estrelas, da Fox, adaptação do best-seller juvenil que foi considerado a grande surpresa do ano, com um número de espectadores ainda maior que o de Malévola (6,2 milhões), mas que teve renda menor (R$ 69,5 milhões) por não ter versão em 3D. Em terceiro, Noé (Paramount), aventura inspirada na história bíblica, com 4,8 milhões de ingressos e R$ 68,4 milhões de arrecadação. As outras sete posições, no entanto, foram ocupadas por franquias.


Exibição
  • Mesmo com os esforços concentrados no processo de digitalização, o circuito exibidor conseguiu manter seu processo de expansão e modernização, com um crescimento de 6,6% no número de salas do país, chegando a um total de 2.819.

  • Ao longo de 2014, o circuito ganhou 220 salas, um crescimento um pouco abaixo do de 2013, quando foram abertas 235 salas.

  • Essa expansão foi puxada principalmente por quatro grupos, que investiram alto na abertura de salas. Cinépolis, Cinemark, Cinesystem e Cineflix foram as redes que mais inauguraram pontos de cinema durante o ano. O total de complexos inaugurados foi de 52.

  • Apesar de alguns entraves, principalmente no processo de liberação de verbas e no desembaraço dos projetores nos portos brasileiros, o processo de digitalização das salas finalmente deslanchou. Vários circuitos de portes diferentes, incluindo a líder Cinemark, completaram o processo e já operam de forma 100% digital. O circuito brasileiro chegou ao fim do ano com 1,6 mil salas do total de 2,8 mil digitalizadas – ou seja, 58% do total.

  • Mais uma vez, São Paulo foi o estado onde mais foram abertas novas salas (49 ao todo), seguido do Ceará e Minas Gerais (ambos com 28 novas salas), Rio de Janeiro (24), Alagoas (15), Amazonas e Espírito Santo (com 11 cada).

  • Do total de salas abertas, apenas 15 (6,7%) contam com projetores 35mm, embora, nessas inaugurações, muitas vezes a película seja uma opção adicional ao digital. É o caso do Cine Belas Artes, por exemplo, que reabriu na capital paulista com três salas dotadas com ambas as tecnologias.


Distribuição
  • O número de lançamentos comerciais no circuito diminuiu um pouco (5%), caindo de 395 longas-metragens em 2013 para 375 em 2014.

  • O total de estreias nacionais também diminuiu. Em 2013 foram 120 lançamentos, contra 103 em 2014. Os lançamentos estrangeiros permaneceram praticamente estáveis, com 272 longas-metragens (contra 275 em 2013).

  • Das 272 estreias estrangeiras, 148 vieram dos Estados Unidos, e as outras 124 de 37 países, com destaque para a França (33), Reino Unido (11) e Argentina (9).

  • A diversidade de países representados no circuito comercial aumentou consideravelmente. Chegaram ao circuito filmes de 38 países diferentes, contra 26 em 2013 – possivelmente em função das facilidades da programação no formato digital. Mas a participação de mercado dos filmes estrangeiros, excetuando-se as produções dos Estados Unidos, chegou a apenas 5% do total.

  • Com três filmes no top 10, a Fox liderou o market share das distribuidoras, alcançando cerca de 22% de participação de mercado tanto em renda quanto em público. Em seguida, vieram Disney (15%), Warner (12%) e Paramount (10%).

  • Entre os filmes nacionais, a liderança do market share ficou com a dobradinha Downtown/Paris, com 60% do total tanto em renda quanto em público.

  • Uma das principais novidades de 2014 foi a antecipação do lançamento dos filmes das sextas para as quintas-feiras, o que passou a valer a partir de 13 de março. Por conta dessa novidade, o Database Brasil passa a publicar dois rankings separados: um com as maiores aberturas até março de 2014 (três dias) e outro com as aberturas a partir de março de 2014 (quatro dias).





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