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Database Brasil 2009  

Introdução


O cinema no Brasil registrou em 2009 uma arrecadação bruta de R$ 970,4 milhões – um recorde histórico. Pela primeira vez, o mercado chegou perto da cobiçada marca de R$ 1 bilhão de bilheteria. A forte safra de filmes com potencial de mercado (tanto estrangeiros como nacionais), a explosão do 3D, e a boa saúde da economia, que espantou os possíveis efeitos negativos da crise financeira mundial, estão entre os fatores que contribuíram para esse recorde.

Depois de quatro anos consecutivos estagnado em cerca de 90 milhões de espectadores, o público de cinema, em 2009, voltou à casa dos 100 milhões, com um total de 112,7 milhões de ingressos vendidos. Esse número, porém, não chegou a superar o recorde de 2004, que foi de 117,4 milhões.

O preço médio do ingresso seguiu sua forte tendência de alta e fechou em R$ 8,61, registrando um crescimento de 6% em relação a 2008. Nos últimos cinco anos, o aumento foi de 30%. O sucesso dos filmes em 3D, para o qual os exibidores cobram um valor "premium", está entre os fatores que explicam essa alta.

O ano de 2009, aliás, teve como destaque absoluto a consolidação do cinema digital em três dimensões no Brasil (uma tendência mundial). Se, em 2008, o mercado contou com apenas cinco filmes disponíveis no formato, em 2009 esse número subiu para 12. Ao logo do ano, vários exibidores equiparam salas com projetores 3D. Em janeiro, havia apenas cerca de 20 salas 3D disponíveis; em dezembro, o total já havia subido para 97. Ao todo, a renda dos filmes lançados em 3D foi de R$ 88,2 milhões, ou 9% do total, e o público dos filmes 3D chegou a 7,2 milhões, o equivalente a 6,5% do total de espectadores do ano. O p.m.i. das salas 3D foi de R$ 12,10.

Outros dois fatores chamaram atenção no fechamento dos números do ano. O primeiro foi o desempenho dos filmes nacionais, que, em relação a 2008, apresentaram aumento de 81% em público (15,9 milhões de ingressos vendidos) e de quase 90% em renda (R$ 131,4 milhões). O índice de market share ficou em 14,2% - o melhor resultado desde 2004.

Outro fator que chama atenção é o crescimento da participação de mercado das dez maiores bilheterias do ano, que passou de 31% em 2008 para quase 40% em 2009. As franquias, mais uma vez, se destacaram nesse cenário: oito títulos do top ten são continuações, incluindo o fenômeno A era do gelo 3 (Fox), com nove milhões de ingressos vendidos e R$ 80 milhões de bilheteria, e o surpreendente Lua nova (Paris Filmes), que atraiu 5,5 milhões espectadores. A continuação de Crepúsculo conseguiu ultrapassar com facilidade o sexto capítulo da saga Harry Potter, que manteve seu público no patamar de 4,5 milhões. A estratégia dos grandes lançamentos também se faz ver no top ten do ano: com exceção dos nacionais Se eu fosse você 2 e A mulher invisível, todos os filmes estrearam em mais de 500 salas.





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