Busca

Menu
Imprimir
Voltar

Database Brasil 2000  

Brasil 2000


No ano passado, o cinema brasileiro registrou um recorde de público: 26%, ou seja, de 5.703.166 em 1999 para 7.207.654 em 2000. O aumento da renda foi ainda mais supreendente, passado de R$ 23,9 milhões em 1999 para R$ 34,8 milhões em 2000, um crescimento de nada menos que 46 %. Com isso, as produções nacionais abocanharam uma fatia de 10% do market share. Contribuíram para essa conquista O auto da compadecida - o recordista do ano, com 2.113.613 espectadores -, Xuxa Requebra, Xuxa Popstar, Eu Tu Eles, Castelo Rá-Tim-Bum e Bossa Nova, além de outros 24 títulos lançados.

Também em bilheteria o recordista foi O auto da Compadecida, com renda de R$ 11,3 milhões, feito surpreendente para uma produção que já havia sido exibida na televisão. Isto sem dúvida é uma amostra de bastante vigor comercial e autoral, mostrando uma certa maioridade em relação ao mercado. E prova que um bom filme pode, sim, atrair público a até dar retorno financeiro Foi a chamada surpresa agradável que movimentou o mercado, e deixou uma pergunta no ar: é possível fazer sucesso no cinema depois do produto ter sido exibido na televisão? O auto da compadecida provou que sim, e logo em seguida. um outro filme, Um Anjo trapalhão, provou que não.

Outro destaque é o crescimento expressivo do público dos filmes nacionais (26%), quando comprado com o aumento do público de filmes estrangeiros (6%) e com o do público total (7%).

Entre os dez filmes com maior público no ano passado encontramos dois brasileiros: O Auto e Xuxa Requebra, com 2,11 milhões e 2,07 milhões de espectadores, respectivamente. A estrela Xuxa Meneghel pode até ter perdido para Dinossauro, visto por 3,39 milhões de pessoas, mas ganhou de Toy Story 2 (1,82 milhões de espectadores).

O atual movimento da produção nacional está girando em torno de 25 lançamentos por ano, e os mecanismos de produção continuam os mesmos, ou seja através de incentivos fiscais da Lei do Audiovisual, mas com grande crescimento do uso do Artigo 3º, que em 200 foi utilizado apenas pela Columbia, pela Europa e pela EBA/Lumiére. Agora, a Warner e a Fox também participam da produção nacional através dos incentivos fiscais sobre remessa de lucros.

As produções nacionais ganharam espaço nos shoppings e nos cinemas multiplex, saindo do prestigiado, mas restrito em termos de público, circuito de arte.

Na distribuição, a cada ano, Columbia e Buena Vista tem se revezado na liderança da maior fatia de mercado. Em 2000 a número um foi a Columbia, graças à importante parcela de público atingida com seus lançamentos nacionais. Em segundo lugar ficou a Buena Vista, e em terceiro Warner.

Na exibição, o Grupo Severiano Ribeiro ainda mantém a liderança de público e de renda, apesar do grupo Cinemark já ser o número um em quantidade de salas, que chegaram a 218 salas em dezembro de 2000. Existem hoje no Brasil 1.480 salas de cinema, sendo 500 no estilo multiplex e 103 dedicadas ao cinema de arte. Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística mostra que, dos 5.506 municípios brasileiros, apenas 7%, ou seja, 385 cidades, possuem salas de cinema.

A desvalorização do real e a crise americana na exibição desaceleram um pouco a expansão de salas multiplex no no Brasil, que vinha em ritmo avassalador nos últimos cinco anos, mas ainda existe muito espaço para a construção de novas salas e a chagadas de novas operadoras, já que a revolução multiplex fez crescer consideravelmente o número de espectadores no Brasil nos últimos anos.




Topo da página © Copyright Filme B. Todos os direitos reservados.