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Database Brasil 2006  

Distribuição


No campo da distribuição, o ano de 2006 trouxe um aumento significativo no número de títulos lançados. Houve também alguns grandes lançamentos, com estréias fortes que figuram na lista das maiores aberturas dos últimos tempos.

Os últimos anos foram marcados pelo surgimento de novas distribuidoras independentes, em virtude, principalmente, do crescimento do DVD. Desde 2005, Califórnia e Imagem passaram a se destacar neste cenário. Em 2006, três novas distribuidoras iniciaram suas atividades no cinema: Focus Filmes, Film Connection e Iaiá Filmes.

Fox duplamente campeã em 2006

Com 32 filmes lançados, que atraíram 22,5 milhões de espectadores e geraram uma renda bruta de R$ 170,9 milhões, a Fox liderou o mercado de cinema no Brasil em 2006, conquistando quase 25% de market share (tabela 34). Seis títulos da distribuidora constam no top 20 do ano, incluindo A era do gelo 2 e Se eu fosse você (respectivamente, campeões do ranking geral – tabela 33 – e do ranking nacional – tabela 22).

O ano de 2006, aliás, marcou uma dupla vitória para a Fox. A distribuidora emplacou também a liderança do market share nacional (tabela 35), conseguindo uma fatia ainda mais elevada, de quase 50%, em virtude do sucesso isolado de Se eu fosse você.

No panorama geral do mercado, Sony (com 15,7%), UIP (15,6%) e Buena Vista (14,7%) ficaram, respectivamente, em segundo, terceiro e quarto lugares na divisão por renda (em público, a Buena Vista superou a UIP), enquanto a Warner, que foi líder em 2005, dessa vez ficou em quinto lugar, com 11,4%. Em seguida vieram quatro distribuidoras independentes: Europa/MAM (5,5%), PlayArte (4,8%), Imagem (2,8%) e Califórnia (1,4%).

No market share do filme nacional, a segunda colocação ficou com a Buena Vista (22,8%), responsável pelo lançamento de Didi – O caçador de tesouros – único filme brasileiro, além de Se eu fosse você, a superar a marca de um milhão de ingressos vendidos. Em seguida, vieram Warner (10,1%) e, empatadas, Downtown e Europa/MAM (com 6,2%).

Fortes aberturas

O ano de 2006 contou com alguns lançamentos de grande porte que geraram expectativa e tiveram estréias potentes (tabela 47). O resultado foi que, das 50 maiores aberturas desde 1986, seis são de 2006, e três delas alcançaram uma posição entre as dez maiores.

Entre as cinco primeiras estão O código Da Vinci, em quarto lugar no ranking, com 1,12 milhão de espectadores no fim de semana de estréia, e A era do gelo 2, em quinto, com 1,04 milhão. Em sétimo aparece X-Men 3, com 887 mil espectadores. As outras três aberturas do ano que entraram no ranking são Piratas do Caribe 2, com 706 mil, na 17ª posição, Superman – O retorno, com 609 mil, na 24ª colocação, e Missão Impossível 3, em 28º lugar, com 588 mil espectadores. Apenas a título de comparação, sete títulos de 2005 ficaram entre os 50 maiores, mas apenas um deles entre os 10 mais – todos os demais apareciam no ranking a partir da 25ª posição.

Número de lançamentos aumentou 17%

O número de filmes lançados comercialmente cresceu 17% em relação a 2005 (tabela 34). Tomando como base as praças de São Paulo e Rio de Janeiro, 337 longas-metragens estrearam em circuito, contra 288 em 2005 (segundo os novos critérios do Filme B, os relançamentos em exibição digital ou cópias novas passaram a ser considerados). Boa parte dessa alta foi puxada pelos lançamentos nacionais, que aumentaram 55%: em 2006, o circuito contou com 73 filmes brasileiros; em 2005, foram 47.

As cinco majors norte-americanas (Fox, Warner, Sony, Buena Vista e UIP) lançaram 127 desses 337 filmes (ou seja, 38% do total), enquanto as 19 distribuidoras independentes em atuação estrearam 194 (57%). Houve, ainda, 16 filmes – todos nacionais – que chegaram ao mercado com distribuição própria, realizada por seus produtores, em geral com exibição digital em uma ou poucas salas.

Em relação à diversidade de cinematografias no circuito comercial brasileiro, quase não houve diferença em relação a 2005. Produções de 28 países diferentes chegaram aos cinemas no ano passado – foram 25 países em 2005. A grande maioria ainda vem da América do Norte: 46% do total, sendo que 154 títulos dos EUA e dois do Canadá. Em seguida vêm América Latina (26%, incluindo o Brasil), Europa (21%), Ásia (4%), Oriente Médio (1%), Oceania (1%) e África (0,3%). Se descontados os filmes brasileiros, os lançamentos latino-americanos passam a responder por apenas 4,4% do total (tabela 42).

Aventuras e animações tiveram melhor média de público

Apesar do aumento no número de filmes que chegaram ao circuito, a proporção entre os gêneros cinematográficos dos filmes lançados se manteve praticamente a mesma (tabela 44). O calendário de estréias de 2006 contou com 148 dramas, 43 comédias e 34 documentários. O quarto gênero com maior número de lançamentos foi a animação (19), o que representou um dos maiores crescimentos em relação a 2005 (que contou com 11 títulos animados). Também pode ser considerado expressivo o número de filmes de horror (18), suspense (10), comédias românticas (10) e infantis (10).

Proporcionalmente, as produções voltadas para a família e para o púbico jovem alcançaram a melhor média de espectadores por número de títulos: os nove filmes de aventura que estrearam obtiveram um público de 10,5 milhões (média de 1,1 milhão por título), enquanto as 19 animações venderam 18,2 milhões de ingressos (média de 962 mil por título). Os filmes de suspense, impulsionados pelo blockbuster O código Da Vinci, também alcançaram ótima média: foram dez títulos que somaram sete milhões de espectadores (cerca de 700 mil por título, portanto). Os documentários, apesar de constituírem o terceiro maior número de lançamentos, apresentaram uma das menores médias de público (13 mil ingressos vendidos por título).

Em relação à classificação etária (tabela 43), praticamente um terço dos 337 filmes lançados em 2006 foi considerado inadequado para menores de 14 anos. Em seguida vêm os filmes com classificação livre (71), os recomendados para maiores de 16 anos (61), 12 anos (50), 10 anos (27) e 18 anos (20) – mantendo, também uma proporção igual à de 2005.




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