Home entertainment vai superar cinemas em 2018

Home entertainment vai superar cinemas em 2018

Redação
03 jun 15

As plataformas eletrônicas – serviços de streaming, video on demand e canais a cabo premium – vão superar a exibição tradicional em arrecadação nos Estados Unidos em 2018. A previsão está na mais recente edição do relatório da PwC (PricewaterhouseCoopers) sobre a indústria do entretenimento, divulgado esta semana.

Sempre muito aguardado pelo mercado, o Global Entertainment and Media Outlook (Panorama Global do Entretenimento e Mídia) deste ano faz um raio-X de dois setores do entretenimento que crescem em ritmo desigual: de um lado, as bilheterias e publicidade das salas de cinema, num compasso médio de 3,9% ao ano, do outro, o home entertainment, que terá um ganho anual médio de 14,6% até 2019.

Nos cálculos da empresa de consultoria, a receita dos meios eletrônicos de distribuição de conteúdo nos EUA vai dobrar de 2014 a 2019, de US$ 8,4 bilhões para US$ 16,54 bilhões. O montante movimentado pelos cinemas será de US$ 13,5 bilhões daqui a quatro anos. O ano da virada será 2018, quando o home entertainment  vai superar as salas de exibição por US$ 7 milhões.

Estudo traz perspectiva positiva para o setor de exibição

Considerando o catastrofismo que circunda o setor da exibição nos últimos anos, pode-se dizer que o estudo traz uma visão positiva para os empresários. A PwC também vê nas bilheterias um crescimento constante, diferente dos resultados oscilantes dos últimos anos. A projeção é que o número de ingressos vendidos cresça a uma média de 2,6% ao ano.

Ao olhar a mídia de forma ampla, a PwC vê a despesa global crescendo a um ritmo de 5% ao ano, atingindo US$ 723,4 bilhões em 2019. Os gastos com acesso à internet serão responsáveis por 25,3% do total, versus os 20,6% deste ano. As despesas com internet móvel devem saltar 77,6%, para US$ 136,6 bilhões, enquanto a banda larga fixa cresce 9,7%, com US$ 58,5 bilhões.

Em 2019, as propagandas de TV somarão US$ 81 bilhões, valor referente a apenas 10,5% do montante e inferior aos 11,3% de 2015. As despesas com assinatura de TV também devem cair para US$ 105,3 milhões, isto é, 13,6% do total de gastos de mídia. Em 2015, esse valor é de 15,9%.

As plataformas digitais serão responsáveis por aproximadamente 47 centavos para cada dólar gasto em entretenimento audiovisual em 2019, portanto maior que os 32 centavos gastos atualmente. A maior parte das receitas eletrônicas virá do vídeo por demanda, incluindo serviços básicos de TV, como o HBO Now.