Os resultados da Disney acalmaram os investidores. Num cenário em que alguns serviços de streaming reportaram quedas, a Disney superou as previsões de Wall Street, ganhando 14,4 milhões de assinantes para o Disney+, chegando a 152,1 milhões de assinantes da plataforma no mundo. 

O crescimento reflete a expansão para 50 novos territórios do serviço. As receitas também cresceram, indo de US$ 17 bilhões no mesmo período do ano passado para US$ 21,5 bilhões no último trimestre, impulsionadas pela reabertura dos parques da companhia. 

Contando os outros streamings da empresa, são agora 221,1 milhões de assinaturas, enquanto a Netflix tem 220,7 milhões de assinantes. Esses números estão sujeitos, claro, a flutuações — o Disney+ Hotstar deve ver uma diminuição de seus assinantes na Índia, pois perdeu os direitos de transmissão do campeonato de cricket local para a Viacom —, mas são significativos, pois representam a primeira vez que uma companhia supera a Netflix em número de assinaturas.

O crescimento de 14,4 milhões (6 milhões para o Disney+ sozinho e 8,3 milhões para o Disney+ Hotstar) representa um acréscimo de mais de 10% em relação ao trimestre anterior, e supera em 44% a expectativa dos analistas, que previam um aumento de 10 milhões. Agora, o Disney+ tem 93,6 milhões de assinantes no mundo, e o Disney+ Hotstar, 58,4 milhões. A previsão é de que o Disney+ alcance entre 135 e 165 milhões até 2024, enquanto, para o Disney+ Hotstar, se prevê algo em torno de 80 milhões. A previsão combinada, que agora gira entre 215 milhões e 245 milhões, baixou um pouco em relação à última estimativa, que previa uma faixa de 230 milhões a 260 milhões de assinantes em 2024. 

Preços sobem

A Disney anunciou uma repaginação em seus planos. Será lançado um plano básico, sem anúncios, que custará US$ 7,99 mensais. Enquanto isso, o atual plano sem anúncios subirá de US$ 7,99 para US$ 10,99 mensais, e será renomeado de Disney+ Premium. O custo do Hulu com anúncios subirá de US$ 6,99 para US$ 7,99, e o outro plano da Hulu sem anúncios subirá de US$ 12,99 para US$ 14,99, mesmo preço que terá agora o pacote Disney+, Hulu e ESPN+. 

As receitas DTC (Direct to Consumer) subiram 19% no trimestre, chegando a US$ 5,1 bilhão. Porém, as perdas aumentaram. Foram US$ 1,06 bilhões no último trimestre, comparados com US$ 293 milhões no mesmo período do ano anterior. Neste ano, a empresa deve gastar US$ 32 bilhões em conteúdo.

Licenciamento, vendas de conteúdo e outras receitas cresceram 26%, saindo de US$ 1,68 bilhões no ano passado para US$ 2,11 neste, capitaneadas por Doutor Estranho no multiverso da loucura, que arrecadou US$ 954 milhões globais.