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Mercado registra novo recorde
Em 2011, o mercado de cinema no Brasil completou três anos consecutivos de crescimento. A renda gerada nas bilheterias chegou a R$ 1,41 bilhão (alta de 12% em relação a 2010) e o total de ingressos vendidos fechou em 141,7 milhões (+5%).
Os resultados, mais uma vez, estabeleceram novos recordes para o setor, ainda que os índices de crescimento tenham sido menores que os de 2009 (33% em renda, 26% em público) e 2010 (30% em renda, 20% em público).
O circuito brasileiro ganhou 198 salas, confirmando a continuidade do ciclo de expansão do setor da exibição no país. Este foi o número mais expressivo de inaugurações dos últimos anos – a título de comparação, em 2010 foram 173 salas inauguradas e, em 2009, 94 novas salas.
Em números absolutos, 2011 registrou 6,8 milhões de ingressos a mais que em 2010. Como as salas abertas ao longo do ano venderam ao todo 3,1 milhões, podemos concluir que a expansão das salas foi responsável por 45% do crescimento do mercado, enquanto os outros 55% correspondem a um aumento de frequência nas salas já existentes.
Outro detalhe importante a ser observado é que a média de espectadores por sala (59.708 em 2011; 60.438 em 2010) praticamente não caiu, o que pode ser considerado um sinal positivo de crescimento sustentável.
Diferentemente de 2010, quando os lançamentos nacionais foram fatores fundamentais para impulsionar o crescimento do mercado – graças principalmente a Tropa de elite 2 e Nosso lar, dois sucessos fenomenais que, juntos, venderam cerca de 15 milhões de ingressos –, em 2011 foram os títulos estrangeiros, principalmente os lançamentos em 3D, os maiores responsáveis pela alta.
Os lançamentos estrangeiros tiveram público e renda respectivamente 13% e 21% superiores aos de 2010. Em relação ao 3D, o crescimento foi ainda mais significativo, com altas de 55% em renda e 63% em público.
Os altos percentuais do 3D são explicados por uma expansão tanto no número de lançamentos (de 22, em 2010, para 38, em 2011) quanto no número de salas capacitadas para o formato (de 264 para 471).
Os resultados do cinema em 2011 mostram que o setor está se beneficiando do momento da economia brasileira, marcado pela ampliação do mercado consumidor interno com a ascensão da classe C.
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