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Database Brasil 2001  

O balanço de 2001


Em 2001, o cinema brasileiro ficou estacionado na casa dos 7 milhões de espectadores, apresentando resultados praticamente iguais aos do ano 2000. Como o mercado se expandiu, porém, a taxa de ocupação do market share do produto nacional sofreu uma ligeira queda, passando de 10% para 9%. Em relação à distribuição do produto nacional, 2001 viu o número de estréias crescer 25%, passando de 24 para 30 títulos lançados no circuito comercial.

Em termos de renda bruta, também se pôde observar um crescimento significativo: o mercado como um todo engordou cerca de 20%, em parte por causa da alta do preço médio do ingresso, que está 6,5% maior do que no ano passado. Alguns dos melhores resultados de 2001 estiveram concentrados no fim do ano, a partir da estréia de Harry Potter e a pedra filosofal (Warner), que entrou em cartaz em novembro e antecipou uma excelente safra de férias. Outros filmes norte-americanos que se destacaram em 2001 foram Shrek e O retorno da múmia (UIP) e Planeta dos macacos (Fox). Entre os nacionais, Xuxa popstar, que estreou no fim de 2000 mas atingiu o ápice de sua carreira nos primeiros meses de 2001, foi o grande destaque. Também conquistaram o público A partilha (Coumbia) e Tainá (Consórcio Art/Europa/MAM).

Uma das tendências mais fortes observadas em 2001 foi a opção das majors pelos lançamentos com mais de 400 cópias, fato que só se tornou possível com a expansão dos multiplex. Harry Potter, por exemplo, chegou ao circuito brasileiro em 546 telas (um recorde), o que muito contribuiu para o filme ter se tornado a maior abertura de todos os tempos no Brasil. No campo da política cinematográfica, 2001 foi marcado pela criação da Agência Nacional de Cinema (Ancine), entidade diretamente ligada à presidência da República que trouxe muitas novidades para o mercado. O estabelecimento de novas taxas para a Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Brasileira) gerou resistência entre as distribuidoras estrangeiras no Brasil, e a possibilidade de se obrigar a participação das TVs (aberta e paga) na co-produção de longas-metragens também provocou reações do setor. Mas a Ancine já é uma realidade que deverá trazer novas modificações no mercado de cinema no Brasil nos próximos anos. Para 2002, a tendência do mercado de exibição ainda é de crescimento, com a entrada do Grupo Severiano Ribeiro no mercado paulista, além da chegada de um novo operador estrangeiro (a empresa espanhola Cinebox).

Novas salas, somadas à promessa de títulos fortes pelas grandes distribuidoras, podem levar a mais um ano de crescimento, com perspectivas de se alcançar a marca de 80 milhões de ingressos vendidos.




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