O circuito exibidor brasileiro ganhou 235 salas, distribuídas por 53 cinemas, em 2013. O ano se encerrou com um total de 2.645 salas e 648 cinemas, em um crescimento que vem se mantendo desde 2000. A expansão, desta vez, foi mais reduzida, de 4,5% (no ano anterior, o parque cresceu 8%), muito em função do peso financeiro dos investimentos da conversão digital para as redes.

Com seis novos complexos abertos em 2013, Cinemark e Cinépolis foram os que mais expandiram. A rede americana lançou novos empreendimentos em Cuiabá (MT), Taubaté (SP), São Paulo, Londrina (PR), Goiânia e São Bernardo do Campo (SP). Já a empresa mexicana instalou unidades em São Bernardo do Campo (SP), Manaus, Ribeirão Preto (SP), Bauru e ganhou dois endereços em Natal. Em número de salas, Cinépolis ficou na dianteira, com 42, todas digitais. A Cinemark abriu 40.

Entre os exibidores nacionais, a Sercla foi a que mais ampliou. Com 30 anos de vida, a rede sediada em Minas Gerais abriu cinco cinemas, todos no padrão de quatro salas. Os novos investimentos foram em Linhares (ES), Campinas (SP), Governador Valadares (MG), Nossa Senhora do Socorro (SE) e Caucaia (CE). A jovem Cineflix, iniciada em 2011, inaugurou três complexos 100%, somando quatro salas, em Pelotas (RS), Taguatinga (DF) e Pindamonhangaba (SP).

A UCI abriu dois cinemas sozinha (no Rio de Janeiro e em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul) e outros dois com parceiros. Com a Orient, inaugurou um empreendimento em Salvador e, com a Kinoplex, em São Luís, MA.

O ano terminou com mais de 800 salas digitais, um número ainda reduzido diante do total do circuito e a urgência do processo de conversão. Mesmo com o anúncio da linha de financiamento do BNDES para a digitalização, via Fundo Setorial do Audiovisual, o parque ainda não tinha sofrido o impacto esperado da política pública. Até o fim de 2013, os grupos de exibição se organizavam para acessar o apoio em conjunto.