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Em 2011, o circuito exibidor brasileiro continuou em seu caminho de expansão e modernização, com um pico de abertura de salas e o avanço das discussões do modelo de digitalização. O Brasil fechou o ano com 686 cinemas e 2.370 salas. Foram abertas 198 salas, distribuídas por 53 cinemas, um crescimento que vem se acentuando nos últimos anos – foram 94 aberturas em 2009 e 173 em 2010. O número incluiu a reabertura de 23 salas, depois de reformas ou mudança de mãos. O ano também viu o fechamento de 35 salas.
Atrasado no processo de digitalização de seu parque exibidor, com apenas 20% de suas salas no padrão DCI, o Brasil viu as primeiras movimentações mais expressivas do setor em 2011. Enquanto grandes empresas estrangeiras negociavam diretamente com os grandes estúdios seus acordos de virtual print fee (vpf, o financiamento da troca de equipamento pelas distribuidoras), exibidores brasileiros organizaram um consórcio para tomar decisões em bloco. Encabeçado pelo Grupo Severiano Ribeiro (o maior nacional), o Grupo Espaço e pela GNC Cinemas, o conjunto foi lançado com dez empresas, totalizando 750 salas. A Agência Nacional do Cinema (Ancine) anunciou duas iniciativas para estimular a transição: o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade Cinematográfica (Recine), para a desoneração dos processos de modernização de salas, e uma linha do Fundo Setorial do Audiovisual com o mesmo objetivo.
Entre os exibidores, a cadeia mexicana Cinépolis, que entrou no mercado brasileiro em 2010, e a brasileira Espaço de Cinema (29 salas em cinco cinemas) foram as que mais cresceram. A Cinépolis inaugurou 29 salas em quatro complexos, e o Grupo Espaço, 29 salas em cinco cinemas. Em seguida, os grupos que mais cresceram foram Cinemark (26 salas), Cinematográfica Araújo (14) e Cineart (12).
A relação não leva em conta os seis complexos que a Cinépolis adquiriu da espanhola Box Cinemas, em setembro – um movimento que só fez confirmar as intenções do grupo mexicano de se firmar rapidamente no mercado brasileiro. São Paulo (57), Rio de Janeiro (34), Santa Catarina (18) e Minas Gerais (17) foram os estados que mais ganharam salas.
Entre os multiplex, o UCI New York City Center, maior complexo do Brasil, com suas 18 salas, ficou em primeiro lugar tanto em público (1,8 milhão de espectadores) quanto em renda (R$ 20,5 milhões). Em seguida, em renda, vieram o Espaço Itaú Pompeia (São Paulo), Cinemark Guarulhos e GSR Kinoplex D. Pedro (Campinas). A melhor média por sala foi do Kinoplex Tijuca (Rio), que ocupa a posição desde 2009.
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