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Database Brasil 2011  

A distribuição no Brasil em 2011


Revertendo a tendência de queda dos últimos anos, o número de lançamentos comerciais nas salas de cinema subiu 9% em 2011. Foram, ao todo, 333 estreias, um patamar semelhante ao de 2007 (338). Esse crescimento foi mais acentuado nos filmes 3D (+70%) e nacionais (+30%).

Do total de lançamentos, 235 foram filmes estrangeiros e 98 brasileiros – o maior número na história recente da produção nacional. Estrearam no país 38 títulos em 3D. As seis majors em atividade no Brasil – Paramount, Universal, Sony, Warner, Fox, Disney - lançaram 99 filmes, um número que tem se mantido estável em relação aos últimos anos, enquanto as independentes lançaram 234 longas, 11% a mais que 2010. Entre os títulos brasileiros, a alta de lançamentos distribuídos por independentes foi ainda mais expressiva: foram 82 filmes (+67%), contra dez das majors.

Com cinco filmes no top 20, a Paramount liderou o market share das distribuidoras, alcançando uma renda total de 241,96 milhões (17,1% do mercado) e 23,31 milhões de ingressos vendidos (16,4%). O maior sucesso do estúdio foi animação Gato de Botas, com R$ 36,1 milhões de renda, seguido por Transformers – O lado oculto da lua (R$ 35,9 milhões) e Capitão América – O primeiro vingador (R$ 33,1 milhões).

Responsável pelo primeiro lugar em renda do ano, a animação Rio, com R$ 68,8 milhões nas bilheterias, a Fox, que foi líder de mercado em 2010, ficou com a segunda posição em 2011. A distribuidora também emplacou sucessos como X-Men – Primeira classe (R$ 24,4 milhões) e Planeta dos macacos – A origem (R$ 24,2 milhões). Ao todo, foram R$ 219,46 milhões de renda e 22,7 milhões de ingressos vendidos. Warner, Disney e Sony vêm em seguida na lista. A distribuidora nacional que obteve melhor desempenho foi a Paris Filmes, em sexto, com 9,6% da renda, graças ao sucesso de A saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1, filme mais visto do ano em número de ingressos vendidos (6,9 milhões) e segunda maior bilheteria do ano (R$ 64,1 milhões).

Entre os lançamentos nacionais, o ano foi marcado pela consolidação das distribuidoras independentes e pela força das alianças de codistribuição. Embora isoladamente a Imagem Filmes – responsável pelos sucessos Bruna Surfistinha (R$ 19,9 milhões de renda) e O palhaço (R$ 13,5 milhões) - tenha liderado o market share de distribuição dos filmes brasileiros, com 22% do mercado, foram as parcerias que prevaleceram. Somando seus lançamentos exclusivos e com codistribuidoras, a Paris ficaria em primeiro, com R$ 68,1 milhões, e a Downtown, também somando as parceiras, conquistaria o segundo lugar, com R$ 64 milhões.

A distribuição independente ganhou uma nova representante de peso com o lançamento, em outubro, da Nossa, na esteira do sucesso de Tropa de elite 2, distribuído pela produtora Zazen em 2010. Além da produtora de José Padilha, a nova empresa tem como sócios representantes da Lereby, Conspiração, Morena, O2, Vinny e Mobz. A ideia é dar maior controle dos produtores sobre o faturamento de seus filmes.

Embora tenham sofrido uma pequena queda no número de lançamentos – de 141 em 2010 para 138 em 2011 –, os filmes americanos aumentaram sua participação no público total do ano: de 70% para 79,5%. Em termos de diversidade de países de origem, houve pouca alteração: filmes de 28 nacionalidades chegaram às telas, contra 25 do ano anterior. Foram lançadas 72 produções europeias (que alcançaram 8,5% de participação no mercado) e 13 de outros países da América Latina (0,5%).





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