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Database Brasil 2008  

Distribuição


Com um total 328 longas-metragens lançados comercialmente no país em 2008, houve uma ligeira diminuição no número de títulos que chegaram ao circuito em relação a 2007, quando 338 filmes entram em cartaz (uma diferença de cerca de 3%). O número de produções brasileiras lançadas se manteve igual ao de 2007: foram 82 títulos. Já o número de produções estrangeiras lançadas foi 246, sendo 147 filmes norte-americanos e 99 de outros países.

Como entre os lançamentos das majors o número praticamente não se alterou (101 lançamentos contra 100 em 2007), a ligeira queda do ano veio mesmo das distribuidoras independentes, que em 2007 haviam lançado juntas um total de 238 filmes e este ano ficaram com apenas 226 títulos.

O ano marcou também uma parceria de sucesso entre uma major e uma independente: Meu nome não é Johnny, justamente o maior sucesso nacional de bilheteria do ano, visto por pouco mais de dois milhões de espectadores, foi lançado em conjunto pela Sony e a Downtown Filmes.

No cenário dos filmes nacionais, 2008 marcou ainda uma diminuição sensível no número de filmes lançados com distribuição própria. Em 2007, 12 filmes foram lançados por seus próprios produtores, enquanto em 2008 apenas seis títulos foram lançados nessas condições. Do restante de 76 filmes brasileiros lançados no ano, 14 ficaram com as majors e 62 foram lançados por distribuidoras independentes.

No critério de lançamentos por região de origem, o quadro pouco se alterou. Como vem ocorrendo nos últimos anos, 45% dos filmes lançados no ano foram produções norte-americanas (em 2007, elas respondiam por 44%, e em 2006, 46%). No caso dos filmes brasileiros, apesar de o número total de filmes lançados ter sido o mesmo do ano anterior, houve uma ligeira alta (24%), o que se explica na verdade pela queda da presença de outras cinematografias no país, particularmente da Ásia e da África. Esse resultado de alguma forma reflete a própria queda das independentes no ano, já que essas empresas são responsáveis por boa parte dos lançamentos europeus e de regiões periféricas do globo. No caso da Ásia, a queda foi de 12 filmes em 2007 para apenas três títulos exibidos no Brasil em 2008. A África não teve nenhum representante nas telas brasileiras no ano passado.

Market Share

Em market share, a liderança tanto de público quanto de renda ficou com a Paramount, que conseguiu emplacar quatro títulos na lista das maiores bilheterias de 2008 – Kung Fu Panda, Madagascar 2, Homem de Ferro e Indiana Jones e o reino da caveira de cristal. O destaque ficou por conta das duas animações, ambas lançadas em parceria com a DreamWorks Animation: Kung Fu Panda foi o segundo filme mais visto do ano no Brasil, com 3,8 milhões de espectadores, e Madagascar 2, lançado em 12 de dezembro de 2008, conseguiu em apenas três semanas de exibição se tornar o terceiro filme mais visto no ano no país, com 3,1 milhões de espectadores até o fim do ano.

Contando com esses sucessos em sua cartela, a empresa conseguiu ficar com 18,5% do total do público nacional. Em renda, esses resultados refletiram um faturamento bruto de cerca de R$ 130 milhões (17,9% de share). É a primeira vez que a empresa lidera o mercado de cinema do país desde o fim da UIP, joint venture que até 2006 representava Paramount e Universal conjuntamente no Brasil.

Fox e Warner disputaram a segunda maior fatia do mercado. A primeira ficou com a segunda maior fatia de público (13,5%), mesmo não conseguido emplacar nenhum filme na lista dos 10 mais vistos do ano - uma campanha muito baseada em filmes de médio porte como Alvin e os esquilos, Horton e o mundo dos Quem!, Jumper e Jogos de amor em Las Vegas. Já a Warner, responsável pela maior bilheteria do ano - Batman – O cavaleiro das trevas -, foi a segunda distribuidora em renda (13,6%), e a terceira em público (13,4%).

Entre as independentes, mais uma vez a Imagem Filmes foi a líder, conquistando 7,3% do total de renda e 7,2% da fatia de público - um crescimento bastante significativo em relação a 2007, quando a empresa também havia sido a primeira entre as independentes, porém com uma faixa de renda de apenas 5,1% do mercado.

Apesar de terem lançado no total menos filmes que no ano anterior, as independentes ampliaram sua fatia no mercado em 2008, ficando com 23,6% do total arrecadado nas salas brasileiras (em 2007, esse percentual foi de 21%).

No mercado de filmes brasileiros, a Fox liderou o market share tanto de renda quanto de público, obtendo 29,1% da arrecadação do cinema nacional – devido a sucessos como Ensaio sobre a cegueira, Sexo com amor e Bezerra de Menezes: O diário de um espírito. O segundo lugar ficou com o consórcio Sony/Downtown Filmes, que com apenas um lançamento - o campeão de bilheteria nacional, Meu nome não é Johnny -, conquistou 26% do mercado.

Lançamentos mais modestos


Se 2007 foi marcado por quebras de recordes no número de cópias por lançamento, com a Warner protagonizando o maior lançamento de todos os tempos no país (Harry Potter 5, com 725 cópias), 2008 foi um ano de lançamentos mais modestos. O maior lançamento do ano foi Indiana Jones e o reino da caveira de cristal, da Paramount, com 545 cópias. Em segundo lugar veio Madagascar 2, também da Paramount, lançado com 501 cópias. O campeão de bilheteria do ano, Batman - O cavaleiro das trevas, foi lançado com pela Warner com 500 cópias – mesmo número de cópias de Homem de Ferro, da Paramount.

Por outro lado, 2008 foi um ano significativo para a consolidação das exibições em 3D. Cinco filmes foram lançados neste formato – em 2007, haviam sido apenas dois. A alta vem sendo acompanhada também por um aumento do número de salas equipadas para este tipo de exibição; apenas no ano passado foram inauguradas 20 novas salas com projeção digital 3D. Para 2009, a previsão é que esses números aumentem ainda mais: 13 filmes em formato 3D estão previstos para as telas brasileiras.





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